BELO HORIZONTE — O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou, na terça-feira (9/12), R$ 384,3 milhões para projeto da FS Indústria de Biocombustíveis de captura e armazenamento de carbono (CCS) a partir da produção de etanol de milho em Lucas do Rio Verde (MT).
A unidade vai comprimir, injetar e armazenar carbono nos reservatórios sedimentares salinos da Bacia dos Parecis, subjacentes à região da indústria.
O projeto é o primeiro do país a combinar o CCS à bioenergia (BECCS, na sigla em inglês).
Com a implantação do projeto, a FS planeja remover 100% da emissão de carbono da unidade de Lucas do Rio Verde, que corresponde a cerca de 423 mil toneladas por ano.
“A remoção de 423 mil toneladas de CO2 da atmosfera por ano contribui com o compromisso do governo brasileiro de redução de emissões de gases de efeito estufa firmado no Acordo de Paris”, disse o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, em nota.
Segundo o CEO da FS, Rafael Abud, a implementação do projeto BECCS é um passo crucial para a visão de futuro da companhia.
“Essa tecnologia abre novos mercados, como o de créditos de carbono, e posiciona o Brasil na vanguarda da transição energética”, disse.
