SALVADOR — Durante abertura do International Brazil Energy Meeting (iBEM), nesta terça (25/3), em Salvador, o Secretário de Desenvolvimento Econômico da Bahia, Angelo Almeida, destacou a importância do estado para segurança energética com o avanço das energias renováveis.
“Estamos celebrando esse momento que coloca o nosso estado, o Nordeste Brasileiro, no centro da atenção mundial para esse debate tão importante que é a segurança energética, buscando a matéria-prima limpa, fortalecimento e a consolidação mundial da nova economia, que é a economia verde“, afirmou Almeida.
O secretário ressaltou o papel do Nordeste na transformação econômica e social do país e fez uma reflexão sobre a evolução do Brasil em comparação à China.
“Olhando para trás, a China e o Brasil encontravam-se no mesmo lugar, no pé do morro, no pé do monte, com baixo PIB, desemprego, pobreza. E a China se deslocou, através da educação, da resiliência, e está onde está hoje. E o Brasil está se deslocando com a força também do Nordeste”, disse.
O secretário também ressaltou a importância de aproveitar os investimentos em empreendimentos renováveis apara construir uma sociedade menos desigual por meio da geração de riqueza e renda.
“Cabe a gente, assim, chamar atenção de que o foco de tudo é uma sociedade mais justa, menos desigual, a partir das riquezas que nós podemos gerar. O Brasil, com a contribuição do Nordeste, com a contribuição da Bahia, nós temos tudo para, a partir daqui, fazermos essa jornada de escalada em torno do desenvolvimento sustentável, em torno da distribuição de riqueza e de renda entre os nossos”, defendeu Almeida.
Cooperação internacional
O diretor executivo da Sowitec, Rafael Valverde, também destacou o protagonismo da importância de se discutir o setor energético de maneira transversal.
“Devemos, de maneira integrada, discutir uma geopolítica energética muito mais do que um planejamento de estado ou de país, mas entender que energia hoje é um tema comum na sociedade, é essencial para avançarmos enquanto planeta”, afirmou.
Valverde ressaltou ainda os desafios da cooperação internacional no setor em meio às recentes crises globais.
“Temos visto os impactos recentes com problemas na cooperação internacional, principalmente a cooperação internacional ligada à questão energética, que tem impactado nas economias. Todos nós vimos a situação da Europa com a crise do gás, na Rússia, vemos consequências de outras atividades econômicas que estão sofrendo por conta das mudanças na geopolítica energética”, disse.
“Temos aqui representados em 18 países. É muito importante estarmos aqui neste momento, tendo oportunidade de discutir esses temas”.
Ele também alertou para os desafios climáticos e a necessidade de uma nova abordagem na relação entre a humanidade e o meio ambiente.
“Todos os dias estamos vendo tragédias climáticas acontecendo, trazendo aflição para toda a sociedade. E está na nossa capacidade de resiliência, na nossa capacidade de diálogo, buscar, contemplar uma outra forma de lidar com o planeta, diferente da que nós estamos tratando até hoje”.