BELO HORIZONTE — Ao menos cinco portos brasileiros oferecem incentivos para navios com menor pegada de carbono, de acordo com mapeamento da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).
A lista inclui os portos de:
- Itaqui (MA)
- Terminal de Uso Privado do Pecém (CE)
- Paranaguá (PR)
- Santos (SP)
- e o Terminal de Uso Privado do Açu (RJ)
Entre os incentivos que esses empreendimentos oferecem para navios com menor emissão de gases de efeito estufa (GEE) estão descontos tarifários ou prioridade de atracação.
O levantamento faz parte do eixo 3 do Diagnóstico de Descarbonização, Infraestrutura e Aplicações do Hidrogênio nos Portos, aprovado pela diretoria da Antaq na quinta (9/10).
A agência selecionou as instalações para um estudo de caso sobre as experiências em iniciativas de redução das emissões de GEE, transição energética, descarbonização e aplicação de hidrogênio verde.
Fatores como bons resultados no Índice de Desempenho Ambiental (IDA) e projetos que têm em andamento para a transição energética pesaram na escolha.
Descarbonização portuária
Os portos de Santos, Itaqui e Açu possuem inventários completos de emissões, ao passo que os outros dois estão em fase de contratação desse serviço.
De acordo com o estudo, o Porto do Açu tem o inventário mais abrangente, incluindo emissões de atividades como dragagem e transporte logístico.
O complexo no Rio de Janeiro também é o único com um Plano de Descarbonização consolidado.
As demais instalações portuárias estão desenvolvendo seus planos.
As principais iniciativas adotadas incluem a instalação de painéis solares para geração de energia limpa, contratação de energia renovável certificada, substituição de equipamentos a combustão por elétricos, modernização da infraestrutura elétrica e desenvolvimento de parcerias estratégicas para avaliar e implementar o uso de combustíveis de baixo carbono.
Plano para hidrogênio verde
O relatório recomenda a criação de um Plano Nacional de Hidrogênio Verde e a implementação de incentivos fiscais para acelerar a oferta e adoção de combustíveis limpos.
“Incluo também neste rol esforços institucionais no sentido de viabilizar parcerias internacionais, incentivos econômicos e capacitação técnica, que se mostram indispensáveis para garantir uma transição energética eficiente e duradoura, tornando os portos brasileiros mais resilientes e alinhados às melhores práticas globais”, disse o relator do processo que trata do estudo, o diretor Caio Farias.
Farias destacou, ainda, a importância de parcerias público-privadas para desenvolver infraestrutura e corredores verdes de exportação, além de investimentos em pesquisa e desenvolvimento para reduzir custos e ampliar a competitividade das tecnologias sustentáveis.
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