Descarbonização aeroportuária

Aeroportos do Nordeste começam a mapear pegada de carbono

Seis aeroportos da região receberam certificação de gestão de carbono; instituição já reconheceu outros sete do Brasil em diferentes níveis

Aeroporto Internacional do Recife, um dos 14 aeroportos do Brasil que recebeu certificação por mapear pegada de carbono (Foto Divulgação ACI-LAC)
Seis aeroportos do Nordeste receberam certificação por mapear pegada de carbono, identificar as fontes emissoras e calcular as emissões anuais (Foto Divulgação ACI-LAC)

LYON (FR) — O Conselho Internacional de Aeroportos para América Latina e Caribe (ACI-LAC) divulgou nesta segunda (7/4) a aprovação da certificação ACI Airport Carbon Accreditation no nível 1 para os seis aeroportos operados pela Aena Brasil na região Nordeste do Brasil.

Os aeroportos internacionais de Recife (PE), Maceió (AL), João Pessoa (PB) e Aracaju (SE), além de Campina Grande (PB) e Juazeiro do Norte (CE) receberam o selo atestando que eles mapeiam sua pegada de carbono, identificam as fontes emissoras e calculam as emissões anuais.

Para isso, eles precisaram apresentar inventários das emissões diretas, como as de veículos e equipamentos próprios usados nas operações aeroportuárias. 

Em 2024, foi concluído o inventário completo de gases do efeito estufa (GEE), com ano-base 2023. O inventário de 2025, com dados de 2024, foi submetido à verificação independente por meio da contratação da ABNT, única verificadora brasileira filiada à ACI.

A adesão dos aeroportos faz parte do plano de ação climática da operadora. De acordo com a empresa, ela deve investir mais de R$ 260 milhões na substituição da frota interna por veículos com energia limpa, implantação de ações para que 100% da eletricidade dos terminais venha de fontes renováveis, incentivo ao uso de Combustível Sustentável de Aviação (SAF), entre outras iniciativas.

O objetivo é que a implantação das ações leve a operadora a alcançar o nível 2 da ACI até 2026. Nessa categoria, procedimentos e cumprimento de metas para a gestão de carbono devem comprovar a redução das emissões de GEE.

“O plano de ação climática reflete nosso compromisso com uma operação aeroportuária mais eficiente, inovadora e alinhada às melhores práticas internacionais de sustentabilidade. Estamos investindo hoje nas transformações que garantirão um futuro neutro em carbono, contribuindo ativa e efetivamente para a descarbonização do setor aéreo no Brasil”, afirmou o diretor de Relações Institucionais, Comunicação e ESG da Aena Brasil, Marcelo Bento Ribeiro.

Outros oito aeroportos do Brasil têm a certificação. São eles: o Aeroporto Santos Dumont (SP); Aeroporto Internacional de Brasília (DF); Aeroporto Internacional de Vitória (ES); Aeroporto de Macaé (RJ); Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro (RJ); Aeroporto Internacional de Salvador (BA); Aeroporto Internacional de Belo Horizonte (MG); e Aeroporto Internacional de Florianópolis (SC).

O Aeroporto Internacional de Florianópolis tem a certificação mais alta dentre os brasileiros. Ele detém o nível 4, o que significa que o empreendimento tem estratégia de gestão de carbono de longo prazo orientada para a redução absoluta de emissões.

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