Offshore

TotalEnergies vai dobrar produção de petróleo no Brasil em 2022

Empresa espera chegar ao fim do ano produzindo cerca de 120 mil barris/dia de óleo

TotalEnergies vai dobrar produção de petróleo no Brasil em 2022

RIO — A TotalEnergies prevê praticamente dobrar a sua produção de petróleo no Brasil até o fim do ano. Com a entrada em operação do projeto Mero 1 e com a incorporação dos volumes excedentes da cessão onerosa de Sépia e Atapu ao portfólio, a companhia espera chegar ao fim de 2022 produzindo cerca de 120 mil barris/dia, informou a petroleira nesta segunda-feira (2/5).

De acordo com dados da ANP, a empresa produziu, no primeiro trimestre, cerca de 64 mil barris/dia de petróleo. A multinacional é uma das cinco maiores produtoras da commodity no país.

Toda a produção da petroleira francesa vem, hoje, do pré-sal da Bacia de Santos: a companhia opera o campo de Lapa e é sócia minoritária da Petrobras em outros importantes ativos no pré-sal, como as áreas de Sururu e Berbigão, Mero, Atapu e Sépia.

Mero é vetor de crescimento para óleo da TotalEnergies no Brasil

No sábado (29/4), começou a operar o FPSO Guanabara, a primeira plataforma do sistema definitivo de Mero — que, até 2021, operava por meio de um sistema antecipado, com capacidade limitada a cerca de 50 mil barris/dia.

O FPSO Guanabara produzirá, no pico, 180 mil barris/dia de óleo. A TotalEnergies detém 19,3% da jazida unificada de Mero, em sociedade com a Petrobras (38,6%), Shell (19,3%), as chinesas CNPC (9,65%) e CNOOC (9,65%), além da Pré-Sal Petróleo S.A (PPSA), que possui 3,5% da jazida.

Mero será o principal motor de crescimento da empresa no Brasil. Entre 2023 e 2025, mais três plataformas serão interligadas ao campo, todas elas com capacidade de 180 mil barris/dia. A previsão é que uma unidade entre operação por ano.

Na semana passada, a empresa já havia também incorporado ao seu portfólio de ativos no Brasil os campos de Sépia e Atapu, após assinar os contratos de partilha das duas áreas, adquiridas em dezembro no leilão dos excedentes da cessão onerosa.

A companhia detém 15% na jazida compartilhada de Atapu (que unifica os volumes excedentes da cessão onerosa e a concessão Oeste de Atapu, onde a empresa já possuía participação). No caso de Sépia, a fatia da petroleira será de 16,91%.

Com os novos ativos, a TotalEnergies espera aumentar em 30 mil barris/dia sua produção de petróleo no Brasil no segundo trimestre e em 60 mil barris/dia no quarto trimestre.