A Total apresentou ao Ibama uma atualização do cronograma do projeto de perfuração de nove poços na área dos cinco blocos exploratórios que arrematou na Bacia da Foz do Amazonas na 11a rodada da ANP, realizada em 2013. A empresa prevê iniciar a mobilização da sonda DS-9, da Ensco, no terceiro trimestre deste ano para começar a perfurar o primeiro poço no primeiro trimestre de 2019.
O plano da petroleira prevê dois poços em 2019, três em 2020 e outros quatro em 2021. Existe a possibilidade de utilização de duas sondas na campanha, mas é extremamente remota, alerta a empresa. “A empresa informa que a possibilidade de utilizar uma segunda sonda, para uma atividade de perfuração simultânea, é extremamente remota e somente se vislumbra que pudesse ocorrer ao final da campanha exploratória. Ainda assim, tanto a avaliação de impactos quanto a análise de riscos apresentadas já contemplam, quando pertinente, o cenário de duas sondas operando simultaneamente”, diz a empresa no documento enviado ao Ibama.
O planejamento foi apresentado pela petroleira junto com uma serie de documentos após uma reunião feita no órgão ambiental em janeiro para apresentação do Programa de Monitoramento para a Foz do Amazonas. O projeto foi um dos itens reprovados pelo Ibama em agosto do ano passado, quando a licença ambiental para a campanha não foi emitida.
Se o Ibama não liberar a perfuração dos poços na região o caminho natural é a Total devolver a concessão dos blocos à ANP. A Total opera cinco blocos na Foz do Amazonas e prevê a perfuração de nove poços na bacia. Ao todo, as petroleiras que arremataram blocos na Foz do Amazonas na 11a rodada da ANP, realizada em 2013, preveem a perfuração de 12 poços na região. Além da Total, BP e QGEP estão licenciando projetos na área.
No começo de dezembro, o Ibama negou a emissão da licença e determinou que a BP complemente os estudos ambientais para a campanha de perfuração de um poço na área do boco exploratório FZA-M-59 Na prática, o pedido de complementação é uma negativa a emissão no momento, mas não impede que a licença seja emitida após a reapresentação dos estudos. Também não impede que o órgão ambiental solicite novos pedidos de complementação de informação.
Entre as duas negativas para perfuração, o Ibama liberou a licença ambiental para a CGG fazer aquisição de dados sísmicos 3D na área do bloco exploratório FZA-M-320, em águas rasas da Bacia da Foz do Amazonas. A área é operada pela Ecopetrol, com 100% de participação, e a licença é válida até 1o de março de 2018, condicionando as atividades ao uso da embarcação Oceanic Champion.
No fim do ano, a PetroRio iniciou o licenciamento de um projeto para aquisição de dados sísmicos 3D proprietários na ára do bloco exploratório FZA-M-539. A área, arrematada na 11a rodada da ANP pela Brasoil, entrou no portfólio da empresa depois que a PetroRio comprou 100% do capital da Brasoil, operação concluída em março deste ano.
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