Térmica a gás Marlim Azul começa a operar este ano

A UTE Marlim Azul vai começar a operar ainda este ano, anunciou nesta quarta-feira (4/10) a joint venture Arke Energia, responsável pelo empreendimento, formada por Pátria Investimentos, Shell e Mitsubishi Power.

A usina, primeira abastecida com gás natural do pré-sal, recebeu investimento de US$ 500 milhões (R$ 2,5 bilhões) e tem capacidade instalada de 565 MW. As turbinas começaram a operar em teste em abril deste ano.

Marlim Azul venceu o leilão de energia A-6 em 2017, com custo variável unitário (CVU) de R$ 85/MWh. A contratação de venda de energia é por meio dos contratos de compra e venda de energia negociados no leilão e também de contratos no ambiente livre com a Shell Energy Brasil com prazo de 25 anos.

A térmica deveria ter começado a operar em janeiro de 2023, mas sofreu atrasos de 206 dias, segundo a empresa, por conta da pandemia. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) não aceitou o adiamento do projeto e a Arke vem comprando energia no mercado livre para cumprir os contratos

O contrato de suprimento de gás é com a Shell Brasil Petróleo, também com prazo de 25 anos. O projeto prevê a expansão (Fases II e III, totalizando 1,2 GW de capacidade.

A operação e manutenção da UTE Marlim Azul ficará a cargo da EDF Norte Fluminense.

A usina de ciclo combinado utilizará a turbina a gás MHPS com tecnologia M501JAC, uma estreia no Brasil. A estrutura inclui 350.000 m³ de terraplanagem, 17.000 m³ de concreto estrutural, 800 toneladas de estruturas de aço, 900 toneladas de tubulação, 8.000 toneladas de equipamentos e 320 km de cabos.

A Pátria Investimentos é controladora do empreendimento, com 50,1% de participação, seguida por Shell (29,9%) e Mitsubishi (20%).

O projeto prevê uma expansão de 651 MW de capacidade, a UTE Marlim Azul II. O Ibama fará uma audiência para discutir a licença prévia do projeto nesta quinta-feira (5/9), em Macaé, com transmissão ao vivo.