Gás Natural

TAG mapeia demanda para planejar novos investimentos

Objetivo é identificar não só oportunidades de ampliação da rede, mas também de conexões e reforço do sistema

TAG mapeia demanda para planejar novos investimentos. Na imagem: Citygate, ponto de entrega de gás natural (Foto: Agência Petrobras)
Um dos investimentos possíveis da TAG é a ampliação da malha no Rio Grande do Norte e Ceará, entre os gasodutos Gasfor e Nordestão (Foto: Agência Petrobras)

RIO — A Transportadora Associada de Gás (TAG) lança, nesta segunda-feira (10/4), um mapeamento da demanda por novos investimentos na malha de gasodutos da companhia.

O objetivo é identificar não só oportunidades de ampliação da rede, mas também de conexões de novos pontos de suprimento ou consumo; ou reforço do sistema — a partir, por exemplo, de instalações de compressão.

A diretora de desenvolvimento de negócios da TAG, Luisa Franca, conta que a empresa fez, em 2021, um mapeamento do tipo, mas que a companhia sentiu a necessidade de atualizar o levantamento, em meio às transformações do mercado nos últimos anos.

“Agora achamos que o mercado talvez esteja mais maduro para, de fato, ancorar o início de uma chamada pública incremental [de capacidade]”, afirmou a executiva à agência epbr.

Novos investimentos no radar

Ela cita que um dos investimentos possíveis é a ampliação da malha no Rio Grande do Norte e Ceará, entre os gasodutos Gasfor e Nordestão.

“É um trecho com capacidade reduzida, temos a expectativa de que o mapeamento possa ancorar ampliações relevantes nesse trecho da malha”, disse.

A TAG já investe, hoje, no Gasfor II. O projeto de 83 km liga Horizonte a Caucaia e funcionará como se fosse um loop (seção paralela) de um gasoduto existente (Gasfor).

O duto contornará a Região Metropolitana de Fortaleza, densamente povoada, com o objetivo de aumentar a segurança operacional e garantir uma futura expansão para o Rio Grande do Norte. A expectativa é concluir este ano as obras.

Segundo Luisa Franca, também podem surgir demandas para interiorização do gás para mercados hoje não conectados à rede — para atendimento, por exemplo, a novas termelétricas.

No ano passado, a companhia chegou a fechar pré-acordos, para expansão da malha no Norte e Nordeste, com empreendedores cadastrados no primeiro leilão das termelétricas compulsórias previstas na lei de privatização da Eletrobras. Os projetos, contudo, não tiveram sucesso no leilão.

Outro possível investimento é a conexão do terminal de gás natural liquefeito (GNL) do Porto do Açu (RJ).

A expectativa da companhia é receber as contribuições dos agentes durante um mês e processar as informações do levantamento ao longo do segundo semestre.

Em 2021, a TAG recebeu contribuições de 28 agentes manifestando demanda por seis novos potenciais pontos de entrada no sistema — com até 40 milhões de m3/dia de injeção potencial adicional.

Desse mapeamento, a TAG estruturou ao menos dois projetos: a conexão do terminal de regaseificação de Sergipe, comprado pela Eneva; e o desenvolvimento da estação de compressão de Itajuípe (BA).

“Achamos que o mercado vai estar, agora, muito mais preparado para responder a esse mapeamento de demanda”, disse.