Gás Natural

TAG abre concorrências para compra de gás para operação de sua rede

Transportadora busca fornecedores de gás natural para uso no sistema (GUS) e serviços de flexibilidade para 2024

TAG fecha contratos com 11 usuários diferentes para 2023. Na imagem: Citygate: rede de gasodutos para entrega do gás natural do transportador para a concessionária estadual de distribuição de gás. Instalações de gasodutos na cor prata com registros amarelos; trabalhador realizando inspeção, veste uniforme cinza e capacete branco (Foto: Agência Petrobras)
Citygate: ponto de entrega de gás natural (Foto: Agência Petrobras)

RIO — A Transportadora Associada de Gás (TAG) abriu dois processos de contratação para aquisição de gás natural para uso no sistema (GUS) e serviços de flexibilidade para 2024.

As concorrências se destinam a produtores de gás e biometano, importadores, comercializadores e carregadores de uma forma geral. A transportadora espera receber as propostas até 17 de novembro.

O que é cada contrato

O Gás para Uso do Sistema (GUS) é o gás consumido na operação da rede de gasodutos de transporte, incluindo aí as perdas operacionais do sistema; o gás usado como combustível nas instalações da transportadora; e o gás não contado (referente a erros de medição na operação da malha).

Na concorrência passada, para aquisição de GUS para 2023, a Shell e a PetroReconcavo venceram a disputa.

A multinacional se comprometeu, na ocasião, com a entrega de 170 mil m3/dia firmes e 30 mil m3/dia na modalidade PUT (opção de venda). Já a PetroReconcavo ofereceu 50 mil m3/dia.

Já os serviços de flexibilidade são aqueles referentes à injeção (venda) e/ou retirada (compra) de gás na rede de transporte, para equilíbrio do sistema.

No modelo de entrada e saída, os usuários da rede devem manter constantemente suas injeções e retiradas equilibradas. No dia a dia, contudo, eventuais diferenças entre os volumes injetados e retirados nos gasodutos pelos carregadores podem comprometer a eficiência e segurança na prestação do serviço de transporte.

Cabe ao transportador, nesses casos, garantir o balanceamento do sistema. Os custos, para isso, são repassados aos carregadores que ocasionaram o desequilíbrio de forma proporcional, sem que haja qualquer ganho econômico ou financeiro adicional para o transportador.

A TAG tem contratos, hoje, com a Excelerate (1 milhão a 1,15 milhão de m3/dia) e a Origem Energia (50 mil a 200 mil m3/dia), para fornecimento do gás (injeção) para balanceamento/congestionamento do sistema; e com a Galp, para retirada do gás (1,2 milhão de m3/dia).