A Arábia Saudita anunciou nesta segunda (30) que vai elevar ainda mais a oferta de óleo no mercado internacional, em maio, para 10,6 milhões de barris/dia, segundo informações da S&P Global Platts, citando o Ministério da Energia do país.
Os sauditas protagonizam a guerra de preços que aprofundou a desvalorização do petróleo, iniciada com a queda brusca na demanda. Após romper os acordos de controle da produção com outros membros da OPEP e com a Rússia, os sauditas haviam definido que a oferta de óleo subiria para 10 milhões barris/dia em abril.
O novo aumento nas exportações se dá com a queda na demanda interna. De acordo com comunicado citado pela Platts, o aumento no uso de gás natural para geração de energia vão liberar mais 600 mil barris/dia para exportação, totalizando os 10,6 milhões de barris/dia anunciados para maio.
O país também é afetado pela pandemia do novo coronavírus, com 1,299 mil casos confirmados e oito mortes reportadas até sábado (28). É um dos países com maior número de casos oficialmente notificados no Oriente Médio, atrás do Irã, com mais de 38 mi casos. Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS).
A Platts ressalta que o comunicado não é claro quanto a exportação apenas de óleo cru ou se inclui parcelas de condensado (líquidos de gás natural ou NGL, na sigla em inglês).
Em meio a disputa agressiva pelo mercado global de óleo, os sauditas estão produzindo cerca de 12 milhões de barris/dia de petróleo e segundo estimativas independentes – Joint Organizations Data Initiative (JODI) –, exportou em janeiro 7,29 milhões de barris de óleo cru por dia e mais 748 mil barris de derivados por dia, informa a Platts.
Os preços do petróleo Brent, negociados em Londres, chegaram a US$ 21,76 por barril nesta segunda (30), considerando os contratos com vencimento em maio. No fechamento deste texto, recuo era de 12,43%, com barril cotado a US$ 21,83.
No mercado à vista, a queda é de 4,71% (US$ 25,10) e os contratos vencendo em junho registram recuo de 8,69% (US$ 25,52).
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