Energia solar

Vivo inaugura duas usinas solares em Sergipe

Empreendimentos produzirão 860 MWh/ano para abastecer 280 unidades consumidoras da empresa na região

Em parceria com a Gera, Vivo inaugura duas usinas solares em Sergipe
Usina na cidade de Lagarto-SE (Foto: Divulgação Vivo)

RECIFE — A Vivo inaugura esta semana, em parceria com o Grupo Gera, duas usinas solares no modelo de geração distribuída, nos municípios de Itabaiana e Lagarto, em Sergipe. Juntos, os empreendimentos produzirão 860 MWh/ano para abastecer 280 unidades consumidoras da empresa na região. 

A usina de Itabaiana está instalada na Rodovia 235, em Sítio Vermelho, e a de Lagarto, na Rodovia SE-216, próximo ao povoado de Boeiro.

A iniciativa faz parte do projeto da Vivo para implantar 85 usinas de fontes solar, hídrica ou biogás em todo o Brasil. Atualmente, 33 delas estão em operação. No Nordeste, são previstas 13 usinas, sete delas já em funcionamento.

Segundo a empresa, 61% das usinas de geração distribuída serão de fonte solar, 30% hídrica (pequenas hidrelétricas), e 9% de biogás. No total, serão produzidos mais de 711 mil MWh/ano, o equivalente ao consumo de uma cidade com até 320 mil habitantes.

Programa de eficiência

A empresa de telefonia também está investindo em eficiência energética. Em 2021, o programa da Vivo conseguiu economizar 62,38 GWh. O desafio ambiental do grupo Telefônica é reduzir em 90% o consumo de energia por unidade de tráfego até 2025, na comparação com 2015 e permanecer com 100% de eletricidade gerada a partir de fontes renováveis.

“Signatária de acordos e instituições que promovem o consumo limpo e consciente de energia, como o RE100 (companhias comprometidas a atingir 100% de energia renovável no seu consumo para operações), a empresa tem voltado o olhar para o futuro”, diz em nota. 

Cobrimos por aqui:

Renovável desde 2018

Desde 2018, o consumo de energia da companhia é 100% renovável. Naquele ano, o consumo foi de 26% de renováveis (obtidas no mercado livre e em GD própria) para 100% — por meio da aquisição de certificados de energia (I-RECs) de fonte eólica para os 74% restantes. Os I-RECs são certificados internacionais de renováveis (International Renewable Energy Certificates, em inglês).

Com isso, a empresa antecipou em 12 anos sua meta de consumo totalmente renovável, prevista para 2030. E reduziu em 70% as suas emissões de CO₂ com relação a 2015. Desde 2019, a Vivo é também uma empresa neutra em carbono.

Em dezembro do ano passado, a companhia inaugurou, em Santos, sua primeira usina de geração distribuída a biogás no estado de São Paulo.

A usina, instalada em uma área de 1.490 metros quadrados, junto ao aterro Terrestre Ambiental, utiliza entre 2.500 e 5.000 Nm³/h de biogás com alto teor de metano para geração de energia elétrica e créditos de carbono.

São produzidos e injetados na rede da companhia de distribuição CPFL Piratininga 20.850 MWh/ano, energia capaz de suprir o consumo de mais de mil unidades da Vivo.

Em outubro do mesmo ano, a Vivo havia inaugurado sua primeira usina de GD a partir do biogás, no estado do Rio de Janeiro. A planta, com capacidade de geração de mais de 11 mil MWh/ano, foi instalada em São Pedro da Aldeia, na Região dos Lagos.

5G aumentará consumo de energia

Uma análise da Boston Consulting Group (BCG) aponta que o setor das TICs é agora responsável por 3 a 4% das emissões globais de CO₂ — o dobro do nível do setor de aviação, por exemplo.

Na estimativa da BCG, para 2021 a utilização de dados móveis teria um crescimento global de 60% e a indústria poderia ser responsável por um recorde de 14% das emissões mundiais de CO₂ até 2040. Dos quais,  90% das emissões viriam de atividades da cadeia de distribuição, como o consumo de energia.

No Brasil, o consumo de energia é a principal fonte de emissão do setor, o que tem levado as empresas de telecomunicações a investir em renováveis e eficiência em suas estratégias de descarbonização. 

Luciano Santos do Rego, diretor de Enterprise Business da Huawei Brasil, explica que com a chegada do 5G, a tendência para as operadoras do setor é de um aumento no consumo total de energia, podendo chegar ao dobro a depender de como será implementada.

“O grande desafio do setor de telecomunicações é fazer com que a implantação do 5G ocorra sem esse impacto do aumento do consumo de energia dentro das redes”, comenta.