RIO — Dois dos principais grupos de distribuição de combustíveis do mercado brasileiro, a Ultra, por meio da Ultragaz, e a Raízen decidiram apostar no negócio de geração distribuída com foco em pequenos consumidores.
A joint venture formada pela Raízen e o Grupo Gera anunciou nesta terça (23/5) um aporte na Reverde, startup especializada na gestão comercial de usinas de GD na modalidade de geração compartilhada. O valor do investimento não foi divulgado.
A Reverde tem como foco oferecer um serviço de assinatura de energia limpa para pessoas físicas que dispensa a instalação de painéis solares pelo consumidor.
- COMO FUNCIONA: Energia solar por assinatura
O processo de adesão do serviço pode ser feito de forma digital. Nesse modelo de negócios, o cliente não precisa fazer nenhum investimento inicial ou alteração na infraestrutura de sua residência. A energia consumida continuará sendo entregue pela distribuidora local. A Reverde realiza a gestão desse mecanismo de compensação.
A parceria possibilita que clientes com contas de pelo menos R$ 150 possam aderir ao plano. Atualmente, a Reverde atua em Minas Gerais e Rio de Janeiro, nas áreas de cobertura das distribuidoras Cemig e Light, mas está expandindo os negócios para as áreas de concessão da CPFL Paulista, Equatorial Alagoas e Enel RJ, no interior de São Paulo, Alagoas e no Rio de Janeiro, respectivamente.
Com a expansão, a startup ampliará sua atuação para mais de 1.200 municípios.
Já a Ultragaz, tradicional distribuidora de gás liquefeito de petróleo (GLP), mas que passa por um momento de diversificação de negócios, lançou um novo serviço de assinatura de energia.
A proposta da Ultragaz Energia Inteligente é conectar usinas geradoras de fontes renováveis de energia, como a solar, a residências, condomínios, comércios e empresas conectadas à baixa tensão, por meio de uma plataforma de assinatura de créditos de energia – que são injetados nas redes das distribuidoras locais.
A adesão ao serviço também é 100% online e está disponível em sete estados: Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A expectativa é que a solução chegue a outras praças ainda em 2023.