Total e Google vão mapear juntos potencial de geração de energia solar residencial

Solar Mapper já é capaz de cobrir com precisão mais de 90% do território francês

Usina solar da Total em Nanao, Japan. Foto:  PIERRE-OLIVIER / Capa Pictures / Total
Usina solar da Total em Nanao, Japan. Foto: PIERRE-OLIVIER / Capa Pictures / Total
Projeto solar da Total em Ishikawa, Japão. Foto: PIERRE-OLIVIER / Capa Pictures / Total

A Total anunciou nesta terça (13/10) parceria com o Google Cloud para desenvolver uma ferramenta capaz de fornecer a usuários uma estimativa precisa e rápida do potencial de geração de energia solar de suas casas. A proposta, batizada pelas companhias de Solar Mapper, será direcionada para clientes massivos e pretende atender, inicialmente, a demanda no continente europeu.

A ferramenta promete melhorar a precisão das informações acerca da incidência solar e do potencial de geração de cada local a partir de dados de imagens de satélite de alta qualidade.

Segundo a Total, a versão atual do Solar Mapper já é capaz de cobrir com precisão mais de 90% do território francês, fornecendo aos clientes informações mais precisas sobre o potencial de geração solar de suas residências do que outros sistemas disponíveis no mercado.

Marie-Noëlle Séméria, diretora de tecnologia da Total, afirma que o Solar Mapper contribui para tornar a instalação de painéis solares um processo mais rápido. “Combinando a experiência da Total em energia solar com a experiência do Google Cloud em inteligência artificial e bancos de dados, fomos capazes de desenvolver uma oferta atrativa e inovadora em apenas seis meses”, diz ela.

O próximo passo será levar a ferramenta para clientes corporativos, desenvolvendo um aplicativo a partir da plataforma atual do Solar Mapper que consiga calcular o potencial de geração solar para edifícios, instalações industriais e comerciais.

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Transição energética

Atualmente a Total investe quase US$ 1 bilhão ao ano na produção de energias renováveis e zerar suas emissões líquidas da gases de efeito estufa (GEEs) até 2050. Ao todo, 40% desses valores são direcionados para busca de soluções focadas em consolidar uma matriz energética de baixo carbono para a companhia.

A empresa anunciou mês passado aporte de € 500 milhões para converter uma refinaria na França em biorrefinaria até 2024. A unidade produzirá biocombustível de aviação, diesel renovável e nafta renovável a partir de gordura animal e óleos vegetais, no lugar do fóssil. A planta deixará de refinar petróleo no primeiro trimestre de 2021, e até o fim de 2023 os estoques deverão ser encerrados.

Energia solar no Brasil

A Total investe em projetos de energia solar fotovoltaica no Brasil a partir da Total Eren, que em março levantou R$ 280 milhões em debêntures de infraestrutura adquiridas pela Kinea Investimentos para a usina solar fotovoltaica de Dracena, em São Paulo. O investimento total no projeto é de R$ 350 milhões.

O complexo solar está em operação desde agosto de 2019. A Total Eren comprou as usinas da Cobra do Brasil em agosto de 2018. O complexo é formado por três usinas, cada uma com 30 MW de capacidade instalada.

Recentemente, a Total Eren iniciou a construção das fazendas eólicas Terra Santa (92,3 MW) e Maral (67,5 MW), no Rio Grande do Norte. Ambos os projetos possuem PPAs corporativos de 20 anos e devem entrar em operação comercial no quatro trimestre de 2020.

Saída da Foz do Amazonas

A Total anunciou no mês passado que desistiu dos projetos na Foz do Amazonas e chegou a um acordo para transferir sua participação de 40% em cinco blocos na região para a Petrobras ou para a BP, atuais sócias nos contratos de concessão.

A empresa está deixando os projetos depois de sete anos sem conseguir a emissão das licenças ambientais para campanhas de perfuração na região.

Os projetos de exploração na Foz do Amazonas vêm enfrentando forte resistência de ambientalistas e uma demanda grande de dados e informações por parte do Ibama​.

Os licenciamentos são acompanhados por organizações de preservação ambiental, entre elas o ​, devido à descoberta de uma área, de ao menos 9,5 km², dominada por um raro recife de corais, capaz de sobreviver nas águas turvas do Amazonas.

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