BRASÍLIA — A PepsiCo anunciou nesta quarta (30/11) a instalação de uma usina termossolar em sua planta fabril localizada em Feira de Santana, na Bahia. A tecnologia substituirá o gás natural nas operações da fábrica, economizando mais de 230 mil metros cúbicos de combustível por ano.
Com a inauguração prevista para abril de 2023, a usina termossolar vai gerar aproximadamente 3 kWh/m2/dia em média, em uma área de 2 mil metros quadrados de placas solares sobre o telhado da unidade.
A empresa também espera deixar de emitir 460 toneladas de dióxido de carbono (CO2) por ano, o equivalente ao plantio de cerca de 80 mil árvores.
Diferente da geração fotovoltaica, que capta radiação para fornecer eletricidade ao consumidor, a termossolar gera energia a partir do aquecimento.
A tecnologia para a implantação da usina termossolar será fornecida pela suíça TVP Solar, com instalação de coletores solares térmicos de alto vácuo e sem espelhos, assim como ocorreu na planta de Sete Lagoas, em Minas Gerais.
Em funcionamento desde o início deste ano, a usina de Sete Lagoas utiliza painéis solares para captar a energia distribuída nas operações. Por meio do mecanismo, a empresa conseguiu reduzir o consumo de 140 mil metros cúbicos de gás natural e diminuiu aproximadamente 280 toneladas as emissões de gases do efeito estufa, equivalentes ao plantio de quase 48 mil árvores.
“A energia térmica é um importante avanço para a indústria na busca por matrizes energéticas limpas e pela redução de emissões de GEEs. A energia termossolar é livre de carbono e uma alternativa que também acaba sendo mais barata do que a gerada por combustíveis líquidos”, afirmou o gerente de sustentabilidade da PepsiCo Brasil, Bruno Guerreiro.
A PepsiCo está mirando em investimentos em energias renováveis para alcançar a neutralidade de carbono em 2040. No Brasil, a inovação será expandida para outras plantas da companhia nos próximos anos, com campos solares ainda maiores.
Solar fotovoltaica atinge 22 GW no Brasil
A geração de energia a partir de painéis solares fotovoltaicos atingiu a marca de 22 gigawatts (GW) de potência instalada em novembro, um crescimento de 59,4% ao longo do ano. Em janeiro de 2022, a fonte somava 13,8 GW no Brasil, considerando tanto usinas de grande porte quanto sistemas de geração própria.
No segundo semestre, o crescimento de potência instalada foi de quase um GW por mês — julho: 16,4 GW, agosto: 17,5 GW, setembro: 18,6 GW, outubro: 21,1 GW, novembro: 22 GW.
A fonte ocupa a terceira posição na matriz elétrica brasileira, com 10,8% de participação.
A maior parte vem da geração distribuída (GD), isto é, produzida próximas aos centros de consumo como telhados de casas e comércios, ou grandes terrenos. De acordo com a Aneel, a GD fotovoltaica somou 15 GW este mês. No final do ano passado, eram 8 GW.