Energia solar

Onde vale mais a pena gerar a própria energia solar; veja o mapa

Com um payback médio de 3,1 anos, Alagoas é o estado brasileiro onde a instalação de sistemas residenciais de 4 kWp se paga mais rápido

Quais estados onde vale mais a pena gerar a própria energia solar; veja o mapa da agência epbr. Na imagem: Trabalhador instala sistema fotovoltaico sobre o telhado de uma casa (Foto: Divulgação BlueSol)
Instalação de sistema fotovoltaico no telhado (Foto: Divulgação BlueSol)

BRASÍLIA – A queda nos custos para instalar placas solares e gerar a própria energia está reduzindo também o tempo de retorno do investimento para os consumidores residenciais – a classe de consumo com maior potência instalada no Brasil.

Dos 23,7 GW de capacidade de geração distribuída, 11,5 GW vêm de painéis instalados pelos próprios consumidores em suas casas, que já conseguem sentir alívio nos gastos com energia em menos de cinco anos.

Com um payback médio de 3,1 anos, Alagoas é o estado brasileiro onde a instalação de sistemas residenciais de 4 kWp (baixa tensão) se paga mais rápido, considerando os preços dos kits em junho, mostra levantamento da Greener. Na classe comercial (50 kWp) esse tempo cai para 2,4 anos.

Em seguida vem Pará, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, com retorno do investimento em 3,2 anos nas instalações de 4 kWp e 2,5 anos nas de 50 kWp; e Ceará e Piauí, 3,3 anos para residências, e 2,7 e 2,6 anos nos comércios, respectivamente.

No início do ano, esse tempo médio era de 3,8 a 4 anos nos seis estados. Alagoas foi o que apresentou a maior queda, já que em janeiro seu payback era de quatro anos.

A Greener calcula uma melhora de 15% no retorno do investimento na média nacional, puxada pela queda do capex.

Em geral, na baixa tensão residencial, o valor dos sistemas caiu de R$ 4,39/Wp em janeiro para R$ 3,68/Wp em junho.

Nesta sexta-feira, no evento virtual Diálogos da Transição 2023, da agência epbr, a Greener vai apresentar o estudo completo sobre a geração distribuída no Brasil. Não perca!

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O preço médio do sistema fotovoltaico por porte é obtido por meio da análise de preços fornecidos por milhares de integradores que respondem às pesquisas realizadas semestralmente pela Greener.

O cálculo do tempo de retorno leva em conta o custo dos sistemas, a produtividade dos instaladores e as tarifas de energia elétrica vigentes em cada estado.

Os valores são uma média e podem variar para mais ou menos de acordo com as características individuais de cada consumidor, como irradiação no local exato de instalação e o preço contratado da instalação fotovoltaica.

Olhando ainda para a geração distribuída comercial (50 kWp) e industrial (300 kWp), a consultoria aponta que, no primeiro semestre de 2023, o preço dos sistemas fotovoltaicos, já instalados, caiu 17%. Com isso, o tempo para ter retorno do investimento – payback – diminuiu até 20%.

Entre os motivos para a redução do custo estão a queda no preço do módulo, a desvalorização do dólar frente ao real e o alto estoque dos distribuidores.