JUIZ DE FORA — As instalações de sistemas de micro e minigeração distribuída alcançaram 2,13 gigawatts (GW) de potência no Brasil entre janeiro e março 2025, com cerca de 300 mil imóveis residenciais, comerciais e rurais gerando créditos, mostram dados atualizados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Apenas no mês de março foram conectadas 56 mil novas usinas, sendo quase a totalidade (55.707) de sistemas solares fotovoltaicos, além de uma eólica e uma termelétrica movida a biogás de resíduos urbanos.
São Paulo lidera o ranking estadual, com 31.616 novas usinas e 273,88 MW de potência instalada no período. Goiás aparece em segundo lugar em capacidade (223,29 MW), seguido por Minas Gerais (205,52 MW), que também ocupa a segunda posição em número de instalações (16.793 unidades). O Mato Grosso completa o grupo dos estados mais ativos, com 14.864 sistemas instalados.
Atualmente, segundo a Aneel, o país conta com 3,4 milhões de unidades de microgeração em operação, somando 38,44 GW de potência. O perfil predominante é residencial, respondendo por 80% do total (2,7 milhões de usinas), enquanto comércios representam 10% (340,83 mil) e propriedades rurais 8,6% (292,71 mil).
A energia excedente desses sistemas é injetada na rede de distribuição e compensada na conta de luz por meio do Sistema de Compensação de Energia Elétrica (SCEE), recebendo créditos para usar nos momentos em que não está gerando — diferentemente da geração centralizada (grandes usinas) que é comercializada no mercado livre.
Os dados, coletados em 14 de abril diretamente do painel interativo da Aneel, são atualizados em tempo real e podem sofrer variações em novas consultas, informa a agência.