Geração própria de energia

Geração distribuída deve crescer 25% no Brasil em 2025, projeta ABGD

MMGD atingiu 5 milhões de unidades consumidoras neste ano

Painéis solares fotovoltaicos para geração distribuída (Foto Solarimo/Pixabay)
Painéis solares fotovoltaicos para geração distribuída (Foto Solarimo/Pixabay)

LYON (FR) — A demanda por fontes renováveis e a busca dos consumidores por menor dependência das distribuidoras devem levar a geração distribuída (GD) a um crescimento de 25% no Brasil em 2025, projeta Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD).

“A GD tem papel estratégico na diversificação da matriz energética, com impactos ambientais e sociais relevantes. Sem emissão de gases poluentes, contribui para a redução da pegada de carbono, enquanto no campo econômico, estimula a criação de empregos qualificados e o avanço tecnológico do setor”, afirmou, em nota, o presidente da ABGD, Carlos Evangelista.

“No aspecto social, amplia o acesso à energia em regiões remotas, promovendo maior segurança no fornecimento elétrico”, completou.

De acordo com a associação, a geração distribuída no país é principalmente de energia solar fotovoltaica, mas outras fontes com menor participação, como biogás, energia eólica e bagaço de cana, estão em expansão.

De acordo com dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a instalação de painéis fotovoltaicos em telhados e terrenos próximos aos centros de consumo responde por 38,5 GW de potência instalada no país — 99% da capacidade de GD.

Em março, a micro e minigeração distribuída de energia (MMGD) atingiu 5 milhões de unidades consumidoras que utilizam créditos provenientes da geração própria de energia, segundo a Aneel.

Somente no primeiro bimestre do ano, mais de 128 mil novas unidades aderiram ao Sistema de Compensação de Energia Elétrica (SCEE), o que adicionou 1,4 GW à potência instalada no Brasil.

“O avanço da GD reforça a tendência de um sistema elétrico mais descentralizado e sustentável no Brasil. A modalidade se consolida como um pilar fundamental da segurança energética e da transição para um modelo mais eficiente e competitivo”, disse Evangelista.

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