Fusões e aquisições de usinas fotovoltaicas no Brasil cresceram 76% em 2024, afirma Greener 

LYON – As operações de fusões e aquisições de usinas fotovoltaicas no Brasil cresceram 76% em 2024 em comparação a 2023, aponta boletim (.pdf) da consultoria Greener. O número subiu de 29 negociações em 2023 para 51 no ano passado — total que corresponde à metade das operações realizadas desde 2022.

As transações de geração centralizada quadruplicaram e chegaram a 21, incluindo 88 usinas. Segundo o relatório, a autoprodução por equiparação impulsionou 12 das transações.

Os contratos de autoprodução têm crescido sobretudo no contexto da abertura do mercado livre de energia.

Já o mercado de geração distribuída dobrou as transferências e chegou a 14 negociações. As operações incluíram 248 usinas. O número corresponde a 64% das usinas em GD mapeadas no país pela consultoria.

Ao todo, 3,6 gigawatts no pico (GWp) foram transacionados em 2024, dos quais 2,9 GWp foram de potência de geração centralizada, e 0,7 GWp de potência de geração distribuída. A potência de GD negociada foi sete vezes maior que em 2023.

A Brasol foi responsável por 53% da potência total transacionada. Foram 390 megawatts no pico (MWp) distribuídos em 4 transações e 105 usinas. A companhia comprou usinas de GD da Raízen e da BC Energia.

De acordo com a Greener, das 51 transações do ano passado, 16 envolveram empresas, número estável em relação a 2023.

As empresas investidoras têm diferentes perfis e somente 38% das aquisições são de companhias de gestão de energia. Outras 69% são investidoras de capital nacional e 25% dos investimentos são de empresas de geração de energia.

Segundo a consultoria, isso reflete a competitividade do mercado e a expansão das oportunidades de investimento para além dos ativos tradicionais.