Energia solar

Financiamento para energia solar distribuída cresce 12,4% em 2024, diz BV

Das 45 mil propostas aprovadas pela empresa no ano passado, 83% foram para instalação em residências

Números da geração distribuída em janeiro de 2021
Painel solar fotovoltaico instalado em telhados de residência (foto por schropferoval, Pixabay)

LYON (FR) — O financiamento para instalação de projetos fotovoltaicos de geração própria cresceu 12,4%, de 2023 para 2024, na plataforma Meu Financiamento Solar, do banco BV. Ao todo, foram cerca de 45 mil propostas aprovadas pela empresa no ano passado, das quais 83% foram para instalação em residências.

De acordo com a companhia, a região que registrou maior quantidade de créditos liberados foi a Nordeste, com 32,73% do total. Já a Sul teve menor quantidade, com 4,14%. O estado com mais financiamentos foi São Paulo, que concentrou 15,6% do total. A maioria dos projetos financiados no ano passado pela empresa foram de sistemas entre 5,5 e 8,2 kilowatts (kW).

Segundo a diretora da plataforma, Carolina Reis, o aumento na liberação de créditos reflete a queda no preço dos painéis solares, que foi “em torno de 60%” nos últimos dois anos, afirmou, em nota.

“Nem mesmo o aumento recente na taxa básica de juros no Brasil e as oscilações do dólar conseguiram reduzir o alto ritmo de crescimento da energia solar no Brasil. A conta é muito simples: o retorno de investimento para quem instalar painéis solares varia entre 35% e 45% ao ano, bem acima de qualquer outro investimento tradicional.”, disse a diretora.

Por outro lado, a perspectiva de associações do setor de energia solar não é tão positiva. Com o aumento de 9,6% para 25% do imposto de importação das células fotovoltaicas utilizadas em painéis solares (extra-quota) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), a partir de 30 de junho, a Greener estima que o custo do investimento de projetos de geração centralizada de energia solar pode aumentar em mais de 8%.

Paralelamente, a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) afirma que agentes do setor não têm conseguido mais trazer painéis solares pagando a antiga alíquota, uma vez que a cota de importação já esgotou.

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