Geração renovável

Energia solar para residências fica 3% mais barata no quarto trimestre de 2024, aponta Solfácil

Mercado foi influenciado pela competição para atração de clientes

Vista de fileiras de painéis fotovoltaicos em usina de geração solar da Órigo Energia (Foto Divulgação)
Usina de geração solar fotovoltaica da Órigo Energia | Foto Divulgação

LYON (FR) — O custo dos equipamentos de energia solar para residências no Brasil ficou 3% mais barato no quarto trimestre de 2024, em relação ao terceiro trimestre, aponta pesquisa da Solfácil (.pdf). O preço foi de R$ 2,53, em média, no período de julho a setembro, para R$ 2,46 por Watt-pico (Wp) nos três últimos meses do ano.

A queda nos preços, no entanto, foi menor para projetos de até 4 kWp. Nesse caso, a retração foi de 2%. Como comparação, em média, o consumo médio de uma família brasileira está em 6 kWp.

No terceiro trimestre de 2024, a região Centro-Oeste registrou um preço médio de R$ 2,36 por Wp, o menor custo médio do país e uma redução de 2% em comparação ao período anterior. Já a região Norte é a mais cara para projetos solares. Mesmo com preços 4% mais baratos no período, ela registrou R$ 2,60 Wp.

De acordo com a pesquisa da Solfácil, o principal motivo para a queda nos preços foi a necessidade das empresas se manterem competitivas “em um mercado cada vez mais disputado”.

O aumento dos custos de equipamentos levou parte das companhias a reduzir os preços para atrair clientes.

“Os integradores enfrentam um cenário desafiador, em que manter preços competitivos é crucial para não perder mercado. Essa dinâmica tem beneficiado os consumidores, que continuam acessando sistemas de energia solar a preços mais acessíveis, mas afeta a rentabilidade do setor”, afirma o CEO e fundador da Solfácil, Fabio Carrara.

Em novembro, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) deliberou pelo aumento de 9,6% para 25% do imposto de importação das células fotovoltaicas utilizadas em painéis solares (extra-quota).

A medida será válida a partir de 30 de junho de 2025. Segundo a Solfácil, a expectativa é que as mudanças tributárias elevem os preços para os consumidores apenas este ano.

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