BRASÍLIA – As importações brasileiras de módulos fotovoltaicos alcançaram 5,6 GWp nos três primeiros meses de 2024, maior índice registrado na avaliação trimestral, de acordo com mapeamento da consultoria Greener. Desse total, 1,7 GWp (30%) foi destinado à geração centralizada.
A expectativa da Greener é de um ano aquecido em termos de investimentos em grandes usinas.
“O último ano foi bastante desafiador para os negócios. Por outro lado, nunca tivemos uma demanda tão grande de módulos fotovoltaicos como neste primeiro trimestre, o que indica um 2024 bastante promissor em termos de investimentos no setor, com previsão de 5 GW em implantações”, avalia Marcio Takata, CEO da Greener.
Em 2023, foram 17,5 GW de módulos nacionalizados, uma leve redução de 1,7% em comparação com o ano anterior.
Desaceleração em 2025
Dados da Aneel mostram que o Brasil atingiu, em abril de 2024, a marca de 42 GW de capacidade instalada solar fotovoltaica, dos quais 11,GW correspondem à geração centralizada, uma elevação de 48% em comparação com o ano anterior.
Por outro lado, os contratos firmados com fabricantes de módulos desaceleraram 24%, totalizando 5,5 GWp entre março de 2023 e fevereiro de 2024, calcula a Greener.
Segundo a consultoria, esses números sugerem um pipeline reduzido de usinas implementadas no decorrer de 2025 e 2026.
No último ano, foram outorgados 58 GW de novos projetos solares, totalizando 144 GW, sendo 7,1 GW em estágio de construção e 12 GW já em operação.
A Greener também mapeou 14,6 GWp de PPAs solares assinados desde 2018 até fevereiro deste ano. Desse total, 2,4 GWp foram registrados em 2023, o que representa 581 MWm de energia comercializada no mercado livre, equivalente ao volume registrado em 2022.