BRASÍLIA — O Banco do Brasil inaugurou em dezembro quatro usinas de energia fotovoltaica, em Xique-Xique (BA), Rio Paranaíba (MG), Loanda (PR) e Lins (SP). O empreendimento na Bahia também é a primeira usina solar do banco na região Nordeste.
As quatro plantas foram construídas pela EDP e possuem capacidade instalada total de 23 MWp para compensar o consumo de 365 agências, na modalidade de geração distribuída. A expectativa é economizar R$ 102,5 milhões com as contas de energia, ao longo dos 15 anos previstos de contrato.
Segundo o BB, será possível ainda deixar de emitir cerca de 3 mil toneladas de dióxido de carbono por ano com essa migração para energia solar.
Além dessas quatro, a instituição financeira possui outras três usinas. As duas primeiras foram inauguradas em 2020, em Porteirinhas (MG) e em São Domingos do Araguaia (PA). A terceira entrou em operação este ano, em Naviraí (MS).
“Com esse projeto, diminuiremos nossa pegada digital, como forma de tornar nossa operação cada vez mais alinhada com o que a sociedade exige das organizações em relação ao compromisso com o meio ambiente. Iniciativas como essa evidenciam porque somos premiados como o Banco mais sustentável do mundo”, comenta Fausto Ribeiro, presidente do Banco do Brasil.
Em outubro de 2022, as duas primeiras usinas solares do BB ultrapassaram a marca de 30 GWh em geração de energia, desde o início da operação — volume suficiente para iluminar uma cidade de 150 mil residências, durante um mês inteiro.
O banco ainda tem outras 22 usinas fotovoltaicas em fase de contratação ou construção. Quando em operação, todas as plantas vão compensar o consumo de cerca de 1.400 agências.
Além da GD, o BB também está migrando os grandes prédios para o mercado livre de energia. Atualmente, 61 edifícios já estão inseridos no modelo que prevê a aquisição certificada de energia de fontes 100% renováveis. A intenção é migrar outros quatro prédios nos próximos meses.
GD atinge 16 GW no Brasil
A geração distribuída de energia alcançou no final de novembro 16 gigawatts (GW) no Brasil, quase dobrando de capacidade em relação ao acumulado até o final do ano passado, mostram dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
A maior parte (98%) vem de painéis solares fotovoltaicos instalados próximos aos centros de consumo, como telhados de edifícios, casas e comércios ou grandes terrenos.
Aliás, a classe residencial lidera em potência instalada, com 7,7 GW e mais de 1,4 milhão de unidades consumidoras. Em seguida vem comercial (4,6 GW), rural (2,3 GW) e indústria (1,1 GW). O restante fica com serviços e iluminação públicos.
Por estado, Minas Gerais segue no topo do ranking com 2,3 GW e é seguido de perto por São Paulo, com 2,1 GW — os dois estados oferecem benefícios tributários para geração de energia renovável.