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Só 2% dos projetos de hidrogênio no mundo estão em construção ou operação, diz Wood Mackenzie

Mais da metade dos projetos anunciados está em fase especulativa  — têm 30% de probabilidade de acontecer

O hidrogênio verde vai pular o gás natural que, entre reformas e promessas continua caro? Na imagem: Tanque de armazenamento de hidrogênio em projeto de P&D Pecém H2V, da EDP, no Ceará (Foto: Divulgação EDP)
Tanque de armazenamento de hidrogênio em projeto de P&D Pecém H2V, da EDP, no Ceará (Foto: Divulgação EDP)

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Você vai ver por aqui: 

  • Só 2% dos projetos de hidrogênio estão em construção

  • O que esperar do mercado global de GNL em 2024

  • Diesel R5 vai ficar fora do Combustível do Futuro, diz relator

  • EDP coloca hidrelétricas à venda novamente

 

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Apenas 2% dos projetos de hidrogênio de baixo carbono no mundo estão em construção ou operação, mostra levantamento da Wood Mackenzie.

– Ao todo, a consultoria contabilizou empreendimentos anunciados com capacidade total de 120,5 milhões de toneladas de hidrogênio por ano (Mtpa).

  • Somente 1,76 Mtpa estão em construção e 1,05 Mtpa em operação.
  • Mais da metade dos projetos anunciados está em fase especulativa — têm 30% de probabilidade de acontecer.
  • hidrogênio verde (eletrólise) é a rota escolhida para 81% dos empreendimentos, enquanto o hidrogênio azul (reforma de gás natural, com captura de carbono) está em 17,1% do total.

– Também há projetos que usam gaseificação (1,3%) e pirólise do metano (0,4%), entre outros.

Projetos para exportação. O levantamento mostra que 44% dos projetos estão voltados para exportação, mas a demanda dos países importadores ainda é muito incerta.

Gigaprojetos. Além disso, mais da metade da capacidade está alocada em 49 projetos com pelo menos 1 GW de capacidade, e essa concentração aumenta os riscos.

– “Muitos destes projetos provavelmente encontrarão barreiras significativas ao desenvolvimento nos prazos determinados, especialmente aqueles em mercados subdesenvolvidos”, disse Murray Douglas, vice-presidente de Pesquisa de Hidrogênio e Amônia da consultoria.

  • Os motivos são: fatores macroeconômicos contrários, incerteza políticainflação e avanço lento da demanda.
  • Com isso, muitas empresas relutam em tomar a decisão final de investimento, o que está abalando a confiança do mercado, mostra a pesquisa.

Avanços regulatórios. A Wood Mackenzie destacou avanços regulatórios em vários países, como EUA, Índia, Austrália, Dinamarca e Reino Unido.

– No Brasil, a discussão sobre incentivos ao hidrogênio deve voltar com a reabertura do Congresso.

Subsídios e incentivos. Além da segurança jurídica, o setor de hidrogênio aguarda a inclusão de subsídios e benefícios tributários, evitando que os projetos previstos no Brasil migrem para países mais atrativos.

– Por aqui, o único projeto de hidrogênio verde em construção é o da Unigel, na Bahia. A Petrobras, inclusive, avalia entrar no negócio.

  • Com investimento previsto de US$ 120 milhões na primeira fase, a companhia tem contrato com a ThyssenKrupp para fornecimento de três eletrolisadores de 20 MW cada. São estimados investimentos de US$ 1,5 bilhão na planta até 2027.

Outros projetos que avançaram para além do memorando de entendimento, mas ainda sem decisão final de investimento, são:

  • Atlas Agro, que pretende produzir fertilizante a partir de hidrogênio verde em Minas Gerais;
  • Green Energy Park, no Piauí, que já conta com a garantia de parte do financiamento com recursos da União Europeia;
  • Além de FortescueAESCactus e Casa dos Ventos, que já possuem pré-contratos firmados para integrar o futuro hub de hidrogênio verde no Porto de Pecém, no Ceará.

Petróleo em alta. Os contratos futuros de petróleo subiram nesta terça-feira (6/1) após o Departamento de Energia dos EUA informar que a produção vai crescer menos que o previsto este ano.

– O barril do Brent fechou a US$ 78,59, alta de 0,77%. Já o do WTI subiu 0,73%, cotado a US$ 73,51.

Petrobras encerra processo de Jubarte. A estatal fechou acordo com a ANP e vai pagar R$ 832,4 milhões em royalties e participações especiais relativas à produção de petróleo no campo de Jubarte entre agosto de 2009 e fevereiro de 2011; e dezembro de 2012 e fevereiro de 2015.

Perspectivas para o GNL. O balanço entre oferta e demanda de gás natural liquefeito (GNL) deve continuar apertado em 2024, mas com preços menos pressionados em relação aos anos recentes, de acordo com projeções de mercado. A volatilidade, contudo, deve se manter no radar em meio a um quadro geopolítico ainda incerto. Saiba o que esperar este ano.

– Em apenas oito anos, os Estados Unidos deixaram de vender quase nada de gás natural no exterior para se tornarem o fornecedor número 1 do mundo. O New York Times mostra como isso aconteceu.

Convênio São Paulo e Minas Gerais. Os governos paulista e mineiro negociam um acordo  para aproximar a oferta e a demanda por gás natural e biometano, além de biocombustíveis, nos dois estados. O Consórcio de Integração Sul e Sudeste (COSUD) se reúne em março, no Rio Grande do Sul.

Menos diesel importado. A participação do diesel importado no mercado brasileiro caíra de 24,9% no último ano para 20,9% em 2024, estima a consultoria Stonex, com base no aumento da parcela do biodiesel (de 12% para 14%), nas projeções de oferta e demanda de combustíveis e no crescimento econômico do país.

Diálogos da Transição. O relator do projeto do Combustível do Futuro (PL 4516/2023), deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), disse à epbr nesta terça (6/2) que pretende manter a proposta original para o diesel verde, sem abrir margem para inserção do coprocessado de petróleo com óleos vegetais, um pleito da Petrobras, no mandato que será criado. Entenda a discussão.

Sem acordo em Itaipu. O governo brasileiro propôs aos sócios paraguaios baixar a tarifa da eletricidade da hidrelétrica de Itaipu para US$ 14,77/MW, mas a proposta foi recusada, apurou o Valor.

EDP quer vender térmicas. A empresa portuguesa voltou a colocar à venda as hidrelétricas de Santo Antônio do Jari (392,95 MW) e Cachoeira Caldeirão (219 MW), no Amapá, segundo o Valor — e contratou o Bradesco BBI como assessor financeiro na transação, segundo fontes.

Aneel faz mea culpa. O diretor Hélvio Guerra disse que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) “não está sendo ágil o suficiente” em relação ao apagão que deixou milhões de consumidores sem luz em São Paulo em novembro passado. A diretoria discute uma multa de R$ 95,9 milhões à distribuidora Enel São Paulo.

Orçamento da CCEE é aprovado. Os agentes da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE aprovaram orçamento de R$ 12,08 milhões para a estruturação da nova governança da organização e de R$ 2,54 milhões para o desenvolvimento de uma plataforma digital para a gestão e certificação de atributos de energia renovável.

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