Shell registra três usinas solares fotovoltaicas em Minas Gerais

Shell registra três usinas solares fotovoltaicas em Minas Gerais

A Shell registrou a outorga das usinas fotovoltaicas  – Aquarii I, II e III – no município de Brasilândia de Minas, em Minas Gerais. Cada projeto terá 50 MW de capacidade instalada e somam 150 MW solares. 

Este é o primeiro projeto de energia renovável da Shell no Brasil. Em agosto do ano passado, a  gerente de Novas Energias da empresa, Gabriela Oliveira, afirmou que a companhia busca consumidores livres para o desenvolvimento de projetos de energia fotovoltaica no Brasil. 

“Aqui no Brasil a gente está bem focado no segmento de energia solar, até pelo fato da eólica já ter sido bem desenvolvido. O segmento de energia solar está mais iniciante em termos de entrada de novos players”, comenta a gerente da Shell. 

Gabriela Oliveira participou da terceira edição dos Diálogos da Transição, evento promovido pela epbr e pelo Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), no Rio de Janeiro.

A Shell vai investir, globalmente, US$ 3 bilhões por ano em projetos de energias renováveis. Atualmente, a companhia investe entre US$ 1 bilhão e US$ 2 bilhões, como parte de um planejamento até 2030, mas a ideia é elevar os aportes a partir do ano que vem.

Recentemente, a empresa se comprometeu a alcançar a neutralidade nas emissões de carbono em 2050, igualando assim o compromisso assumido pela concorrente BP.

“As expectativas da sociedade mudaram rapidamente no debate sobre a mudança climática. A Shell precisa agora ir mais longe em suas próprias ambições: por isto esperamos alcançar a neutralidade no mercado energético em 2050 ou antes. A sociedade e nossos consumidores não esperam menos”, afirmou o CEO da empresa, Ben van Beurden, em um comunicado.

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Petroleiras apostam em renováveis

Este é não é o primeiro investimento de petroleiras estrangeiras em energia solar no Brasil. A Equinor está produzindo a partir da usina de energia solar Apodi, de 162 MW, no município de Quixeré, no Ceará. O projeto fornece energia para cerca de 160 mil residências. 

Em março, a  Total Eren anunciou que levantou R$ 280 milhões em debêntures de infraestrutura adquiridas pela Kinea Investimentos para a usina solar fotovoltaica de Dracena, em São Paulo. O investimento total no projeto é de R$ 350 milhões. 

O complexo solar está em operação desde agosto de 2019. A Total Eren comprou as usinas da Cobra do Brasil em agosto de 2018. O complexo é formado por três usinas, cada uma com 30 MW de capacidade instalada.

A Lightsource BP, braço da petroleira BP para o desenvolvimentos de projetos solares no país,  fechou em meados do ano passado a aquisição da Enerlife, empresa desenvolvedora de projetos na América Latina. A empresa possui 1,9 GW de projetos solares em desenvolvimento, incluindo 440 MW de projetos de grande escala aptos a participar em leilão e 180 MW de projetos de geração distribuída, localizados em cinco estados brasileiros.

E por que investir em renováveis?

A decisão de as petroleiras partirem para energias renováveis e se tornarem empresas de energia não é em vão. O Banco Mundial, por exemplo, anunciou que vai deixar de financiar a exploração e extração de petróleo e gás a partir de 2019, ao mesmo tempo que aumentará empréstimos a projetos que ajudem a reduzir o aquecimento global.

Em novembro do ano passado, o conselho do Banco Europeu de Investimento (BEI) anunciou uma nova política de empréstimo para o setor de energia e vai parar de financiar projetos de combustíveis fósseis a partir de 2021. O foco dos novos financiamentos em energia será acelerar a inovação para geração de energia limpa, eficiência energética e renováveis. O banco vai liberar € 1 trilhão para financiamento em ações climáticas e investimentos ambientais sustentáveis ​​na década até 2030.

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