José Serra chama de blefe atuação da Petrobras na 6ª rodada do pré-sal

Comissão Temporária de Reforma Política do Senado Federal (CTREFORMA) realiza reunião para apreciação da minuta de proposição de nº 8, do relator Romero Jucá, que trata da redução dos custos das campanhas eleitorais.   Em destaque, senador José Serra (PSDB-SP).   Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
Comissão Temporária de Reforma Política do Senado Federal (CTREFORMA) realiza reunião para apreciação da minuta de proposição de nº 8, do relator Romero Jucá, que trata da redução dos custos das campanhas eleitorais. Em destaque, senador José Serra (PSDB-SP). Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

O senador José Serra (PSDB/SP) classificou como blefe contra os interesses da União, estados, municípios e sociedade em geral, a estratégia da Petrobras de não apresentar oferta para dois dos três blocos que a estatal pediu preferência na 6ª rodada do pré-sal. O parlamentar avalia que o resultado dos leilões realizados nos últimos dois dias indicam a necessidade de mudança nas regras vigentes do pré-sal.

“Quando a Petrobras exerce o direito de preferência, as petroleiras que também objetivam ser operadoras desistem de fazer ofertas pelo bloco. Ou seja, a preferência da Petrobras afeta a decisão das concorrentes”, disse. Essa é avaliação também do governo e da Agência Nacional do Petróleo (ANP).

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O senador é autor de um projeto para acabar com o direito de preferência da Petrobras nos leilões de partilha e permite que as áreas sejam leiloadas pelo regime de concessão dentro do polígono do pré-sal (PL 3178/2019), ficando com o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) a decisão de qual modelo será usado.

O senador acredita que o regime de concessão seria o mais apropriado para desencalhar blocos pouco atrativos que restam atualmente ainda no regime de partilha.

O projeto de Serra tem parecer favorável na Comissão de Serviços e Infraestrutura do senador Rodrigo Pacheco (DEM/MG) e recebeu apoio da equipe técnica do Ministério da Economia. No próximo dia 12 uma audiência pública vai discutir o projeto na Comissão de Serviços de Infraestrutura do Senado.

Em 2016, Serra foi protagonista da primeira reforma da partilha, com a aprovação do seu projeto que acabou com a obrigatoriedade de a Petrobras deter no mínimo 30% e operar todas as áreas. Ele próprio participou na época da negociação que instituiu a preferência, acordando com a oposição, especialmente do PT, que seria bom para a Petrobras poder escolher em quais projetos ela gostaria de garantir a participação.

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