RIO — A Sergas, distribuidora de gás canalizado de Sergipe, pretende abrir este mês uma nova chamada pública para contratação de gás natural. Os volumes ainda não estão definidos.
O presidente da concessionária, Valmor Bezerra, afirma que a companhia mantém conversas com dois potenciais novos supridores. Nada impede, contudo, que durante a chamada outros interessados apresentem novas propostas.
- Para aprofundar: Quem é quem na abertura do mercado de gás
A Sergas tem, hoje, a Petrobras como sua principal fornecedora. O contrato com a estatal, para aquisição de 250 mil m³/dia, venceu em 2021, mas está amparado por uma liminar até o fim do ano — o que lhe garante, até lá, condições mais atrativas do que os contratos mais recentes assinados pela petroleira com as distribuidoras.
Em litígio com a Petrobras, a concessionária tenta negociar um novo contrato com a estatal, ao mesmo tempo em que busca alternativas.
Em maio, a Sergas assinou um contrato de longo prazo, até 2031, com a Galp, para compra de 40 mil m³/dia firmes até o fim de 2023 e 50 mil m³/dia a partir de 2024.
O acordo com a petroleira portuguesa também prevê uma parcela na modalidade PUT (opção de venda do fornecedor), segundo a qual a Galp se compromete a entregar até 150 mil m³/dia este ano. A curva de fornecimento cai, então, ano a ano: de 30 mil m³/dia em 2023 para os 21 mil m³/dia entre 2029 e 2031.
A Sergas também tem um terceiro supridor: a petroquímica Proquigel, subsidiária da Unigel, que opera a fábrica de fertilizantes de Laranjeiras (SE) e com quem a distribuidora fecha acordos de curto prazo.
A Proquigel compra o gás no mercado livre. Tem contratos, hoje, com a Petrobras e Shell.