Gás Natural

SCGás abre nova chamada para compra de gás

Distribuidora catarinense quer comprar até 350 mil m³/dia de gás natural para 2023 e 2024

SCGás abre nova chamada, para compra de gás na modalidade interruptível. Na imagem, instalação do terminal de GNL da Baía de Guanabara (Foto: Agência Petrobras)
Instalação do terminal de GNL da Baía de Guanabara (Foto: Agência Petrobras)

RIO — A SCGás abriu uma nova chamada pública, para comprar até 350 mil m³/dia de gás natural para 2023 e 2024. A distribuidora catarinense busca fornecedores na modalidade interruptível.

A concorrência é divida em dois produtos: para o ano que vem, a concessionária quer gás de origem exclusivamente nacional. Para 2024, não há restrições quanto à origem.

As propostas deverão ser enviadas até 30 de novembro.

A distribuidora também abriu uma chamada para a compra de biometano. Os supridores interessados deverão informar se o fornecimento será 100% firme ou interruptível. As propostas deverão ser entregues até 17 de dezembro.

Atualmente, a companhia tem uma chamada pública aberta para contratar 60 mil m³/dia firmes, para complementar contratos vigentes entre 2023 e 2027; e 800 mil m³/dia firmes para 2024 e 2028.

As chamadas públicas têm como objetivo diversificar as fontes de gás da distribuidora. Atualmente, a Petrobras é a única fornecedora. Esses contratos somam compromissos firmes de 2 milhões de m³/dia em 2023, mas com reduções gradativas dos volumes nos anos seguintes.

A distribuidora catarinense vem de um litígio recente com a petroleira estatal.

Conforme antecipado pelo político epbr, a Petrobras cobra R$ 130 milhões da SCGás. A estatal entende que tem o direito de receber o valor pelo período em que foi impedida de reajustar o gás natural vendido à distribuidora, entre janeiro e abril, por força de uma liminar. O valor deverá ser pago por meio de uma maior indexação do gás ao Brent em 2023.

A SCGás também tem contrato firmado com a New Fortress Energy, para a aquisição de 150 mil m³/dia. A construção do terminal de regaseificação da Baía de Babitonga, a fonte de suprimento do contrato, contudo, atrasou e só deve entrar em operação em 2023.