São Francisco impedirá instalação de gás natural em prédios novos em 2021

São Francisco, Califórnia. Foto por Erik Larson, Pixabay
São Francisco, Califórnia. Foto por Erik Larson, Pixabay

A cidade de São Francisco vai proibir o uso de gás natural em novas construções a partir de junho de 2021, de acordo com uma portaria aprovada nesta semana pelo Conselho de Supervisores da cidade. A medida exigirá fornecimento de energia 100% elétrico a novas residências e prédios comerciais.

Com a medida, São Francisco será metrópole da Califórnia a juntar-se ao esforço para restringir o uso do gás natural, fonte que representa a segunda maior emissões de gases de efeito estufa (GEE) na cidade. Em 2017, a queima de gás natural foi responsável por cerca de 80% das emissões realizadas nas edificações.

A nova restrição anunciada na terça (10) foi apoiada pela PG&E Corp, fornecedora de gás e eletricidade da cidade. Mas criticada por representantes da indústria, que afirmam que a restrição vai elevar as contas de energia dos consumidores e restringir as opções dos clientes.

Ao todo, 38 cidades da Califórnia já tomaram medidas para restringir a queima de gás, de acordo com o grupo ambientalista Sierra Club. Recentemente, São Francisco já havia proibido instalações de gás natural na construção de novos edifícios públicos. A nova restrição só terá a exceção para o uso de gás em restaurantes.

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Recentemente, o governo da Califórnia propôs o banimento definitivo do fraturamento hidráulico em reservatórios não convencionais de petróleo e gás natural do estado até 2024. Iniciativa faz parte de um conjunto de medidas de descarbonização, mas neste caso precisa de aval do legislativo local.

A governo da Califórnia anunciou o objetivo de neutralizar em 100% suas emissões até 2045.

O governador democrata, Gavin Newsom também determinou que agências estaduais busquem alternativas, em colaboração com órgãos federais, para acelerar a implementação de políticas que levem a desativação de campos de petróleo e gás no estado. Um plano precisará ser apresentado até 2021.

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