Venda de ativos na Colômbia será último movimento da Petrobras para deixar distribuição

Venda de ativos na Colômbia será último movimento da Petrobras para deixar distribuição

A Petrobras anunciou nesta sexta (6) a venda da totalidade das ações da Petrobras Colombia Combustibles, subsidiária que distribui e comercializa combustíveis e lubrificantes no país vizinho. O negócio é o último movimento da companhia para deixar a área de distribuição de combustíveis e segue em linha com o projeto de focar a empresa na exploração de petróleo e gás, mirando sobretudo o desenvolvimento do pré-sal.

No Brasil a empresa vendeu também o controle da BR Distribuidora em julho do ano passado em uma operação de R$ 9,6 bilhões. No mês passado, Roberto Castello Branco, presidente da estatal, afirmou que  a Petrobras vai anunciar a venda adicional de ações da BR Distribuidora.

Nos últimos seis anos, a Petrobras se desfez das ações de subsidiárias no Peru, Argentina e Chile. A companhia  trabalha atualmente para vender seus ativos da subsidiária no Uruguai, uma operação que foi anunciada em novembro passado. vendeu também o controle da BR Distribuidora em julho do ano passado em uma operação de R$ 9,6 bilhões.

Focada em distribuição, a Petrobras Uruguay Distribuición possui uma rede de 90 postos de combustíveis, 16 lojas de conveniência, um terminal logístico de lubrificantes e uma planta de querosene para aviação (QAV), além de dois terminais logísticos para armazenamento de fertilizantes.

Em julho de 2016 a Petrobras conclui a venda de sua participação de 67,19% da Petrobras Argentina (PESA) para a Pampa Energia. A negociação foi firmada pelo valor de US$ 897 milhões. A venda fazia parte do plano de desinvestimento da companhia traçado no governo de Michel Temer.

Seis meses depois, em janeiro de 2017, a petroleira anunciou a conclusão da venda da Petrobras Chile Distribuición (PCD) por US$ 470 milhões para o grupo de private equity Southern Cross Group .

 A subsidiária chilena também era focada em distribuição e possuía uma rede de 279 postos no país, oito terminais de distribuição, uma fábrica de lubrificantes e participação em duas empresas de logística, além de operações em 11 aeroportos. A venda da PCD foi o último movimento do plano de desinvestimento da Petrobras para o biênio de 2015-2016, que levantou US$ 13,6 bilhões.

Clique no país para ver os dados da transação feira pela Petrobras

Venda de subsidiárias começou no governo de Dilma Rousseff

Em novembro de 2013 a Petrobras anunciou a venda de 100% das ações da Petrobras Energia Peru (PEP) para a chinesa China National Petroleum Corporation (CNPC). A operação foi concluída um ano mais tarde, em novembro de 2014 e fazia parte do Programa de Desinvestimento (Prodesin) da Petrobras, previsto no Plano de Negócios 2013-2017, durante o governo de Dilma Rousseff.

A venda de ativos internacionais era a estratégia da então presidente da companhia, Maria da Graças Foster, para levar o foco da empresa já para a exploração do pré-sal. Mas em 2014, ano de estreia da Operação Lava Jato, a Petrobras registrou seu primeiro prejuízo em 23 anos, com resultado negativo de R$ 21,5 bilhões no balanço anual. A empresa só voltou a registrar lucro líquido em 2018, com R$ 25,8 bilhões de saldo positivo.

De todas as vendas de subsidiárias no exterior a negociação envolvendo a PEP foi a que rendeu maior volume de recursos: US$ 2,6 bilhões. A subsidiária peruana, no entanto, tinha atuação destacada nas áreas de exploração e produção.

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