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Acompanhando os movimentos de outros estados brasileiros, o Rio Grande do Sul também vem se preparando para atrair investimentos na produção de hidrogênio verde (H2V) para indústria de fertilizantes e combustíveis.
Em entrevista à epbr, o secretário de Meio Ambiente e Infraestrutura do estado, Luiz Henrique Viana, disse que o interesse de empresas vem demandando inciativas do governo para o H2V.
Além da possibilidade de exportação do hidrogênio verde, o secretário acredita que a indústria local também poderá ser uma potencial consumidora, “com a produção de fertilizantes e combustíveis”, explicou Viana.
“Temos o porto de Rio Grande com um potencial muito grande com a energia eólica”, afirmou.
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Assim como em outros estados que já anunciaram acordos para produção de H2V, o Rio Grande do Sul conta com um complexo portuário industrial, o porto de Rio Grande, próximo a parques eólicos offshore em estudo.
Esses portos combinam uma série de fatores estratégicos para o desenvolvimento da nova cadeia do H2V, como logística para exportação, proximidade de polos industriais e de fontes de energia renovável — utilizada na eletrólise para sintetização do H2V.
Com destaque para os novos parques eólicos offshore que, assim como no caso do hidrogênio verde, estão em fase embrionária no país e aguardam definições regulatórias.
Com 6,5 GW de potência, o parque Ventos do Sul, da Ventos do Atlântico, é o maior do Rio Grande do Sul e do país em licenciamento.
Outros quatro parques estão previstos no estado: Águas Claras (Força Eólica do Brasil), com 3 GW; Ventos Litorâneos (Bosford Participações) 1,2 GW; Bravo Vento (João Amílcar Roehrs) 1,1GW e Tramandaí Offshore (Ventos do Atlântico), 702 MW.
Além desses, Viana destaca que o governo também vem estudando a viabilidade de parques eólicos offshore na Lagoa dos Patos. Segundo dados divulgados pelo governador Eduardo Leite, o potencial eólico offshore do estado pode chegar a até 80 GW no mar, e a até 34 GW nas lagoas.
“Estamos numa fase ainda de avaliação. Temos tido a procura de empresas muito interessadas na produção [de H2V], mas por enquanto estamos fazendo estudos”, disse.
“Esperamos que ainda no segundo semestre se consiga uma definição dos estudos que estão sendo feitos, para se chegar a um ponto que atenda a essa demanda”.
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Ampliação do polo industrial
Recentemente, o governo anunciou investimentos privados de R$ 9,4 bilhões no distrito industrial de Rio Grande.
Os maiores aportes são do Grupo Cobra (R$ 5,8 bi), que prevê a construção de uma estação onshore de recebimento, armazenagem e regaseificação de gás natural liquefeito (GNL), tendo como consumidor âncora a Usina Termoelétrica Rio Grande.
Já a Yara concluiu as obras de uma nova planta de fertilizantes – maior da América Latina – com investimento total de R$ 2 bilhões.
Fora do Brasil, a companhia já conta com parcerias, com a Engie e Trafigura, para produção e hidrogênio e amônia limpos (azul ou verde), e na Noruega, uma sociedade com a Aker Clean Hydrogen e Statkraft para produção de amônia verde em larga escala.
A amônia é um dos principais insumos utilizados na produção de fertilizantes.
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