Na última terça (1/2), as italianas Enel X, Leonardo e TIM assinaram um memorando de intenções (MoU) com o governo do estado do Rio de Janeiro para estudar soluções de cidade inteligente, segura e resiliente.
A ideia é fazer da capital carioca uma e-cidade conectada, com tecnologias de ponta para infraestruturas de transporte, conectividade e iluminação, transformação digital e modelos de eficiência energética.
As empresas atuam nos setores de energia, mobilidade elétrica, tecnologias, conectividade e segurança cibernética.
Outro objetivo da parceria é identificar possíveis cidades aptas a se tornarem “inteligentes” para experimentos que contribuam com seu desenvolvimento sustentável.
Segundo o MoU, serão oferecidos os serviços e-city, e-home, e-mobility, e-industries e também serviços digitais financeiros.
Por exemplo, uma série de sensores inteligentes interconectados auxiliarão em serviços como a medição do clima e do nível de poluição, além de sistemas de recarga pública para veículos elétricos.
Para empresas e edifícios públicos, o foco será na eficiência energética, por meio do “desenvolvimento de soluções de engenharia, oferta de energia renovável em usinas de geração distribuída e uso de plataformas de monitoramento em tempo real para climatização”.
Para o governador do Rio, Cláudio Castro (PL), a parceria com as três italianas recoloca o Rio de Janeiro em um cenário de transformação digital e desenvolvimento sustentável.
“Este projeto será extremamente benéfico para o nosso estado à medida que vai proporcionar mais proteção, segurança e qualidade de vida aos cidadãos e às indústrias fluminenses”, afirmou.
Enel X quer eletrificar consumo na próxima década
Nicola Cotugno, gerente Nacional da Enel no Brasil, acredita que “os próximos dez anos serão chave para buscar o caminho correto e eletrificar o consumo”. Segundo o executivo, o período será decisivo para avançar na mobilidade elétrica em larga escala e eficiência.
“Uma coisa que já estamos prontos a fazer é mobilidade elétrica. É uma realidade que vai se viabilizar já no final deste ano e início do próximo ano no Brasil com a mobilidade pública, que chegará a ser visível em medidas importantes”, conta.
Segundo o executivo, 2022 deve começar com a entrada de projetos de transporte público que vão dar a largada também para os carros elétricos menores.
Na mobilidade particular, a companhia italiana tem desenvolvido acordos para infraestrutura de carregamento.
Para Cotugno, a distribuição não está fora da transição energética e redes mais inteligentes serão fundamentais também no desenvolvimento da mobilidade elétrica.
Ele explica que o modelo com poucos pontos de entrada de energia, das grandes usinas, e os outros milhares de pontos de saída das casas e indústrias deve ser substituído.
“Agora a energia vai entrar em muitos mais pontos, e nem sempre [de forma] previsível. Por isso precisamos de redes muito mais inteligentes para gerenciar essa complexidade. Temos que digitalizar nossas redes”, afirma.