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Revolusolar e TotalEnergies entregam dois projetos de GD solar em favelas do Rio

Em abril, 55 painéis solares foram instalados na quadra esportiva do Morro da Babilônia

ONG Revolusolar instala painéis solares fotovoltaicos em favelas do Rio de Janeiro (Foto: Divulgação Revolusolar)
ONG Revolusolar instala painéis solares em favelas do Rio (Foto: Divulgação Revolusolar)

A ONG Revolusolar entregou, em maio e abril, dois novos projetos de geração de energia solar fotovoltaica em comunidades do Rio de Janeiro. O projeto é resultado de uma parceria com a TotalEnergies, que em 2022 embarcou na iniciativa com a revisão da governança e estratégia da cooperativa e a construção de uma nova sede, na Cidade Nova, Centro do Rio.

O primeiro dos novos projetos é realizado nas favelas da Babilônia e Chapéu Mangueira, no Leme, bairro da Zona Sul do Rio de Janeiro. Em abril, 55 painéis solares foram instalados na quadra esportiva do Morro da Babilônia.

Com financiamento da TotalEnergies e de outros parceiros, a nova instalação adicionou 29 kWp de capacidade instalada, para atender outras 40 famílias que farão parte da cooperativa solar local.

A iniciativa permitiu dobrar a capacidade de geração de energia da primeira cooperativa de energia solar em favelas do Brasil, a Cooperativa Percília e Lúcio de Energias Renováveis. Criada em 2021, a cooperativa contava até então com uma usina de energia solar, de 26 kW, instalada no telhado da Associação de Moradores, fornecendo eletricidade a 34 famílias, com economia média de 40% nos gastos com energia.

O segundo projeto foi entregue à ONG Anjinho Feliz, na Cidade Nova, bairro central do Rio de Janeiro que possui os piores indicadores sociais da cidade.

A usina solar com 7 kWp de capacidade entrou em operação na primeira quinzena de maio. A estimativa é que o sistema possibilitará uma economia de cerca de R$ 700 reais por mês (90%) na fatura de energia da ONG, que atende 400 jovens e adultos em situação de vulnerabilidade, oferecendo atividades como informática, culinária e costura.

Formação de profissionais locais

Em ambas as comunidades, as instalações estão sendo feitas por homens e mulheres formados no Programa de Formação Profissional promovido pela Revolusolar.

A metodologia da ONG inclui, além da instalação da energia sustentável, oficinas de educação e cultura e a capacitação profissional de moradores locais para realização das instalações e posteriores manutenções das placas solares.

Um dos critérios de seleção para os cursos é a equidade de gênero, com o objetivo de aumentar a presença das mulheres em um mercado de trabalho em expansão. Além disso, como a maioria dos lares nas comunidades é chefiada por mulheres, a iniciativa também busca fortalecer a economia local investindo na capacitação profissional para a redução das desigualdades de gênero.

“A parceria com empresas de energia dedicadas em promover uma transição energética justa é fundamental para fazer a energia solar chegar em quem mais precisa. Na Revolusolar, conectamos empresas, governos, sociedade civil e comunidades para combater a pobreza energética”, disse Eduardo Avila, diretor executivo da Revolusolar.