Offshore

Repsol Sinopec espera validar produção de combustíveis a partir da captura de CO₂ em 2023

Empresa pretende concluir planta piloto em São Paulo até o fim deste ano

Repsol Sinopec testa captura de CO2 para produção de combustíveis. Na imagem, divulgação da epbr offshore week 2022, evento do mercado de petróleo e gás
divulgação da epbr offshore week 2022, evento do mercado de petróleo e gás

RIO — A Repsol Sinopec Brasil espera concluir até o fim do ano a construção de planta piloto do projeto CO2CHEM — que visa a fabricar combustíveis e produtos químicos a partir de CO₂ capturado.

O plano é validar a tecnologia até meados de 2023, disse nesta quarta-feira (27/7) o gerente de Pesquisas em Instalações de Produção e Operações da Repsol, Marcelo Andreotti, ao participar da Offshore Week, promovido pela agência epbr.

Veja, na íntegra, o painel Indústria offshore na transição energética:

Segundo Andreotti, a companhia ainda não definiu o combustível que será produzido.

“Estamos adaptando nosso portfólio de PD&I [pesquisa, desenvolvimento e inovação] para atingirmos a meta de sermos net zero em 2050. Um dos nossos projetos é utilizar CO₂, absorver o CO₂ e, em vez de o CO₂ ser corrente de descarte, ele participa como matéria prima. A partir do CO₂ vamos produzir hidrocarbonetos”, afirmou.

Batizado de CO2CHEM, o projeto será desenvolvido pela Repsol Sinopec Brasil, em parceira com o RCGI, centro de pesquisa da Universidade de São Paulo (USP); Senai Cetiq; e Hytron, criada a partir de pesquisas na Unicamp e voltada para soluções para produção de hidrogênio.

A ideia é que os insumos — monóxido de carbono (CO) e hidrogênio (H₂) — sejam obtidos a partir da captura CO₂ e da eletrólise da água usando energia gerada a partir de fontes renováveis.

Faz parte da carteira crescente de investimentos da Repsol Sinopec em PD&I. Ao todo, a companhia prevê investimentos de cerca de R$ 200 milhões no Brasil até o fim de 2023. É mais do que os R$ 185 milhões investidos nos últimos cinco anos.

A previsão é que 25% do orçamento seja aplicado numa nova linha de pesquisa relacionada à transição energética e renováveis.

Os investimentos previstos fazem parte da cláusula de PD&I presente nos contratos de concessão desde 1998. A regra determina o aporte, na área, de até 1% da receita bruta gerada por campos de grande rentabilidade ou com grande volume de produção — aqueles nos quais incidem a cobrança de participação especial (PE).

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