Offshore

Refinaria privada e petroleiras internacionais estão habilitadas para leilão de óleo da União

PPSA negociará 37,5 milhões de barris e espera arrecadar cerca de R$ 15 bilhões com a venda, que representa a parcela da União na produção de 2025

FPSO P-75, parte do sistema de produção de Búzios, operando no offshore do pré-sal da Bacia de Santos; que agregou para a Petrobras 2 bilhões de barris de óleo equivalente (boe) em reservas em 2022 (Foto: Agência Petrobras)
FPSO P-75 operando em Búzios: continuidade do desenvolvimento do campo, no pré-sal da Bacia de Santos (Foto: Agência Petrobras)

BRASÍLIA – A Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA) habilitou dez empresas para participação do do 4º Leilão de Petróleo da União, que será realizado no dia 31 de julho, na sede da B3, em São Paulo. Dentre elas estão petroleiras internacionais e a Refinaria de Mataripe.

Estão aptas a participar das negociações de 37,5 milhões de barris de petróleo da União – que representam toda a parcela de partilha de produção à que a União terá direito em 2023 –, a Petrobas, CNOOC Petroleum Brasil, ExxonMobil Exploração Brasil, Equinor Brasil Energia, Galp Energia Brasil, PetroChina International (Brazil) Trading, PRIO Comercializadora, Shell Trading Brasil e TotalEnergies EP Brasil, além de Mataripe.

Segundo a Diretora Técnica da PPSA e Presidente Interina da PPSA, Tabita Loureiro, este será o leilão com maior número de competidores habilitados. “Só o número inédito de empresas habilitadas já demostra um interesse maior do mercado e esperamos competição nos lotes“, disse Tabita.

As empresas habilitadas atenderam a todos os requisitos do edital e tiveram sua documentação aprovada pela Comissão do Leilão. Até então, o maior número de empresas habilitadas foi no 3º Leilão, em novembro de 2021, quando seis empresas enviaram a documentação e três apresentaram lances.

A PPSA atualizou a estimativa da carga de 33 milhões para 37,5 milhões de barris. A expectativa anterior era arrecadar R$ 13 bilhões para o governo federal. Com a atualização dos volumes, espera-se algo próximo a R$ 15 bilhões para a União.

As negociações envolvem quatro lotes nos campos de Mero e Búzios. Nos lotes 1 e 2, das FPSO Guanabara e Sapetiba, serão ofertados 12 milhões de barris em cada.

O lote 3, da FPSO Duque de Caxias/Pioneiro de Libra (campo de Mero), terá 11 milhões de barris.

No caso de Búzios, não há alteração em relação à previsão anterior e o lote único conta com 2,5 milhões de barris de petróleo.

Primeira venda de óleo da União para refinaria

Em março, a PPSA realizou a primeira venda de uma carga de petróleo da União diretamente para uma refinaria. A unidade em Mataripe venceu o processo de venda direta realizado pela empresa para comercializar uma carga de 500 mil barris. O carregamento era oriundo do contrato de partilha de produção de Atapu e foi entregue em abril.

A primeira carga de Atapu, também de 500 mil barris, foi comercializada em janeiro de 2023 e teve como vencedora a Galp Energia Brasil. Em agosto do ano passado, outros 500 mil barris foram comercializados, também por venda direta, para a Equinor.

Em fevereiro, a CNOOC adquiriu 500 mil barris do campo de Sépia, negociação que marcou a primeira venda de óleo da União a uma petroleira chinesa.