A BR Distribuidora informou ao mercado nesta segunda (25) que seu atual presidente, Rafael Grisolia, deixará a companhia em 31 de janeiro. Wilson Ferreira Júnior, que renunciou ontem ao cargo de presidente da Eletrobras foi convidado para assumir o posto na BR, maior distribuidora de combustíveis do país.
Wilson Ferreira Júnior deixa a Eletrobras em um monte de descrédito do projeto de privatização da estatal, mas em sua carta de demissão, cita apenas razões pessoas.
Segundo a Eletrobras, Ferreira Júnior deixará a companhia em 5 de março.
Para aceitar o convite para a presidência da BR Distribuidora, a Comissão de Ética Pública (CEP) da Presidência da República precisa analisar eventual necessidade de cumprimento de quarentena por parte do executivo. A consulta já foi formulada.
“O executivo possui quase 30 anos de experiência no setor de energia. Entre os diversos cargos de liderança que ocupou, foi presidente da CPFL entre 2002 e 2016 e, desde então, preside a Eletrobras”, destacou o comunicado da BR Distribuidora.
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Grisolia conduziu RI durante privatização
Grisolia ingressou na BR Distribuidora em 2017, como diretor executivo Financeiro e de Relações com Investidores para a condução do IPO da companhia e, desde 2019, ocupava o posto de presidente.
“Grisolia teve papel fundamental no processo de privatização da companhia, um caso pioneiro de privatização via mercado de capitais. Sob sua gestão, a BR se reorganizou, teve ganhos significativos em rentabilidade, voltou a ganhar participação de mercado e teve avanços importantes em todos os compromissos assumidos durante a privatização”, disse a BR, em nota.
“No período compreendido entre 1 de fevereiro e o início das atividades de Ferreira Júnior como presidente da BR, a companhia será liderada interinamente pelo Diretor Executivo de Operações e Logística, Marcelo Bragança, que será apoiado por um comitê de transição, composto por quatro membros do conselho: Mateus Bandeira, Carolina Lacerda, Ricardo Maia e Alex Carneiro”.
Grisolia fez um balanço das operações da companhia durante a crise de 2020 em entrevista ao vivo à agência epbr, na semana passada. O executivo afirma que a tendência é a empresa, cada vez mais, buscar novas soluções de suprimento de energia e não apenas combustíveis derivados de petróleo e biodiesel.
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