O preço médio global dos créditos de carbono está atualmente em US$ 23,65. Desde o início de 2018, o retorno total potencialmente ganho pelos investidores em projeto de carbono é de 132%. Os dados fazem parte do IHS Markit Global Carbon Index, lançado nesta quarta-feira pela IHS Markit.
O índice combina dados da própria IHS Markit com informações de mercados futuros para produzir a referência do preço dos créditos de carbono. O projeto acompanha ainda mercados de carbono como Sistema de Comércio de Emissões da União Européia, o Cap-And-Trade Program, do governo da Califórnia, e a Iniciativa Regional de Gases de Efeito Estufa (RGGI, na sigla em inglês), que reúne estados norte americanos.
“O IHS Markit Global Carbon Index cria uma referência importante que ajuda as instituições financeiras a avaliar e precificar melhor os riscos financeiros relacionados ao clima”, disse Eron Bloomgarden, co-fundador da Climate Finance Partners.
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O Brasil ainda discute como fará o mercado interno de carbono, se por precificação ou taxação. A visão atual do Ministério da Economia é que a precificação de carbono é uma política estratégica que pode trazer muitos benefícios para o Brasil, contou a coordenadora-Geral de Meio Ambiente e Mudanças Climáticas do Ministério da Economia, Ana Luiza Champloni, durante evento do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (Cebds) na Semana Mundial do Clima.
O CTO da Siemens AG, Roland Busch, tem defendido que a economia de baixo carbono é um excelente case de negócios, mas que somente a correta precificação do carbono é capaz de provocar mudanças econômicas reais.
Quem também defende a precificação do carbono é o presidente da Shell, André Araújo. “Nós somos abertamente favoráveis ao mercado de precificação de carbono. Para muitos surge como um fato estranho uma empresa, que entre outras coisas trabalha com petróleo e gás, que é um dos grandes emissores e que o planeta fez um acordo para encontrar uma solução para isso”, disse o presidente da empresa.
No Congresso Nacional, o deputado Arnaldo Jardim (PPS/SP) apresentou na Câmara dos Deputados projeto de lei complementar 559/18 que prevê a oneração das emissões de gases de efeito estufa, e criar a taxação sobre o carbono (“carbon tax”) na forma de Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico. O deputado chamou as medidas de reformulação tributária ecológica do artigo 146-A da Constituição Federal.
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