Privatização da CEB Distribuidora deve ser concluída em 2020

Assinatura do Acordo de Cooperação Técnica de consultoria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Distrito Federal para projeto de consultoria de desestatização. Na foto Edison Garcia, presidente da CEB Fotos Paulo Henrique Carvalho/ Agência Brasília
Assinatura do Acordo de Cooperação Técnica de consultoria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Distrito Federal para projeto de consultoria de desestatização. Na foto Edison Garcia, presidente da CEB Fotos Paulo Henrique Carvalho/ Agência Brasília
Assinatura do Acordo de Cooperação Técnica de consultoria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Distrito Federal para projeto de consultoria de desestatização. Foto: Paulo Henrique Carvalho/ Agência Brasília

BRASÍLIA – A privatização da CEB Distribuição, que atende ao Distrito Federal, deve ser concluída em 2020 e será feita por meio meio de emissão das ações da companhia no mercado, de acordo com o presidente da Companhia Energética de Brasília (CEB), Edison Garcia. Nesta terça (13), o governo do Distrito Federal (DF) assinou o acordo com o BNDES, que prestará consultoria no processo.

Está definido que o governo deixará o controle da empresa, ficando com uma participação minoritária de 49%. a ideia é realizar um modelo misto de emissão primária, aliada a uma emissão secundária de ações de propriedade da CEB Holding.

“Nós estamos fazendo duas coisas. Primeiro é a emissão de debêntures, que o BNDES vai modelar, para fazer aporte na empresa ainda esse ano”, explicou Edison Garcia. Com a avaliação dos ativos, o banco espera entregar uma proposta para captar até R$ 500 milhões com esta etapa. 

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A outra fase é a avaliação da empresa e criação de modelagem da privatização. “Os consultores vão ver passivos e auditar a empresa para que a gente tenha noção de valor da companhia”, disse Garcia. A CEB Distribuição acumula uma dívida líquida de R$988,5 milhões, segundo a própria companhia.

A previsão é que o relatório de proposta de modelagem seja entregue em 150 dias e as minutas dos documentos necessários (edital, contrato e documentação de suporte), em 180 dias após o governo do Distrito Federal entregar as informações solicitadas pelo BNDES. 

Edison Garcia destacou que há interesses de grandes companhias, que participam de acordos de concessão de energia em outros estados. Citou que Enel e Energisa foram algumas das empresas que demonstraram interesse com a desestatização da CEB durante agendas com representantes do GDF.

Além de Garcia, a cerimônia de assinatura do contrato com o BNDES contou com a presença do secretário especial de Desestatização do Ministério da Economia, Salim Mattar, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, e o presidente do BNDES, Gustavo Montezano. 

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O banco será responsável por coordenar todas as fases do projeto de desestatização da CEB, que, além dos estudos e da modelagem econômico-financeira, compreendem a consulta e audiência pública, realização do leilão. O contrato terá vigor de 39 meses a partir de hoje, podendo ser prorrogado até a conclusão da privatização.

BNDES pode estruturar projeto de gasoduto
O governador Ibaneis Rocha também assinou nesta terça (13) um acordo de cooperação técnica com o BNDES para que o banco auxilie outros processos de concessões, privatizações e parcerias público-privados no Distrito Federal.

Com a cooperação do BNDES, o governo planeja também a possibilidade de expansão do Gasoduto Brasil Central para abastecer o Distrito Federal.

“Será tudo com iniciativa privada, o governo não vai colocar dinheiro nisso e há interessados. Estamos estimando investimentos de US$1 bilhão”, afirmou o secretário de Desenvolvimento Econômico do Governo Distrital, Ruy Coutinho do Nascimento.

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