Energia solar

Preço de sistemas fotovoltaicos caiu 17% no primeiro semestre de 2023, mostra levantamento

Redução do preço dos painéis, desvalorização do dólar e o alto estoque dos distribuidores puxaram a redução para clientes residenciais e comerciais, segundo Greener

Preço de sistemas fotovoltaicos caiu 17% no primeiro semestre de 2023, mostra levantamento da consultoria Greener. Na imagem: Trabalhador instala sistema fotovoltaico sobre o telhado de uma casa (Foto: Divulgação BlueSol)
Instalação de sistema fotovoltaico no telhado (Foto: Divulgação BlueSol)

O preço dos sistemas fotovoltaicos, já instalados, caiu 17% no primeiro deste ano, segundo levantamento da Greener. Com isso, o tempo para ter retorno do investimento – payback – diminuiu até 20%, aponta a consultoria.

A redução do custo para gerar a própria energia solar foi motivada pela queda no preço do módulo, a desvalorização do dólar frente ao real e o alto estoque dos distribuidores, segundo a Greener.

Veja os preços de acordo com a potência total do sistema fotovoltaico, já incluída a instalação:

Os kits mais populares são os de 4kWp a 8kWp, que responderam por 39% das vendas no semestre.

O estudo teve a participação de 2.492 empresas que vendem e instalam sistemas de energia solar entre os dias 3 e 31 de julho de 2023.

​​O preço médio do sistema fotovoltaico por porte é obtido por meio da análise de preços fornecidos por milhares de integradores que respondem às pesquisas realizadas semestralmente pela Greener.

Nesta sexta-feira, no evento virtual Diálogos da Transição 2023, da agência epbr, a Greener vai apresentar o estudo completo sobre a geração distribuída no Brasil. Não perca!

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Retorno mais rápido

Com a redução do custo dos painéis solares, o tempo para o consumidor ter o retorno do investimento no sistema fotovoltaico de até 20%, segundo a Greener.

Um sistema de 4 kWp, por exemplo, levava de 3,8 anos até 5,7 anos para se pagar em janeiro de acordo com o estado. Em junho, passou para 3,1 anos até 4,8 anos.

Piauí, Pará e Mato Grosso tem o payback mais curto, influenciado pelas tarifas mais altas cobradas pelas distribuidoras de energia elétrica e a produtividade dos instaladores fotovoltaicos. Já Santa Catarina tem o retorno mais longo.

Ressaltando que o comparativo vale para os sistemas registrados após 7 de janeiro, já que os que se cadastraram antes ainda têm direito à regra antiga, que compensa todas as tarifas até 2045. Os que chegaram depois devem arcar com a Tarifa de Uso de Distribuição (TUSD) de forma escalonada, de acordo com o tipo e porte da conexão.

Queda na demanda

O estudo aponta uma redução na demanda por painéis solares no primeiro semestre, motivada em parte pelos estoques cheios no Brasil.

O volume de módulos fotovoltaicos importados pelo mercado brasileiro no primeiro semestre de 2023 foi de 7,8 GW, uma queda de 19% em relação ao mesmo período de 2022.

Ao todo, consumidores e empreendedores demandaram 7.779 painéis fotovoltaicos, que exigiram investimentos de mais de R$ 25 bilhões, tanto para geração distribuída quanto para grandes usinas.