Gás Natural

Potigás busca fornecedor de gás natural para suprimento imediato

Empresa também quer contratar gás para início de entrega em 2023

Potigás busca fornecedor de gás natural para suprimento imediato. Na imagem: Instalações com tubulações nas cores amarelo, vermelho e preto, em city gate (ponto de entrega de gás) da Potigás; rede de gasodutos da distribuidora do Rio Grande do Norte passa de 500 mil metros (Foto: Divulgação)
Potigás tem contrato, hoje, com PetroReconcavo e Galp (Foto: Divulgação Potigás)

RIO — A Potigás lançou nesta sexta-feira (9/9) chamada pública para aquisição de até 85 mil m³/dia de gás natural, na modalidade firme. A distribuidora de gás canalizado do Rio Grande do Norte busca 61 mil m³/dia para fornecimento imediato e 24 mil m³/dia para a partir de janeiro de 2023.

O contrato terá prazo de cinco anos. As empresas interessadas deverão apresentar as propostas até 30 de setembro.

A Potigás tem contratos, hoje, com a PetroReconcavo, para compra de 236 mil m³/dia até o fim de 2023; e um acordo com a Galp, para aquisição de, no mínimo, 24 mil m³/dia até o fim deste ano.

A concessionária potiguar busca repor o volume que ficará descontratado após o encerramento do contrato com a petroleira portuguesa, além de buscar uma carga complementar para 2022.

Distribuidoras vão às compras

Além da Potigás, empresas como Bahiagás (BA), Sulgás (RS), SCGás (SC) e Compagas (PR) e Naturgy (RJ) também lançaram chamadas públicas nas últimas semanas.

Com exceção da Bahiagás, que compra apenas 15% de seu gás da Petrobras, a maioria das distribuidoras estaduais tem a estatal como principal — ou única — fornecedora. As companhias buscam novos supridores, na tentativa de reduzir a dependência da estatal, em meio ao aumento dos preços da petroleira.

Algumas das distribuidoras, como SCGás e Naturgy (controladora da CEG e CEG Rio), estão em litígio com a Petrobras sobre as condições contratuais impostas pela estatal na renovação dos contratos, na virada do ano.

A petroleira cobra R$ 130 milhões da SCGás, por exemplo. A estatal entende que tem o direito de receber o valor pelo período em que foi impedida de reajustar o gás natural vendido à distribuidora, entre janeiro e abril, por força de uma liminar. Da Cegás (CE), por sua vez, a Petrobras cobra R$ 300 milhões.

A expectativa, segundo fontes, é de que essas dívidas sejam pagas no ano que vem, com um acréscimo no preço do gás que será fornecido pela Petrobras.