O pedido de urgência para votação do PLC 78/2017, que libera a Petrobras para vender até 70% das áreas da cessão e dá diretrizes para o leilão do excedente, está na Ordem do Dia da votação do Senado para esta quarta-feira. O pedido de urgência foi assinado pelos líderes e o presidente do Senado, Eunício Oliveira, se comprometeu a votar a matéria ainda hoje.
Voltando da ressaca do segundo turno da eleição federal, a oposição foi pega de surpresa pela estratégia do governo. Antes de saber da leitura do pedido de urgência, o senador Humberto Costa (PT/PE) afirmou que não acreditava em votação do projeto da cessão onerosa ainda este ano.
“Acredito que nenhum assunto de maior relevância e repercussão será debatido (neste momento). Pelo menos a disposição da oposição é de não aceitar de forma alguma que temas como a reforma da previdência e a cessão onerosa do pré-sal, que nada disso venha a ser discutido e votado”, disse Costa a jornalistas.
No fim da tarde de ontem, o senador Lindbergh Farias (PT/RJ) afirmou que trabalharia com os demais membros da oposição para traçar uma estratégia. Lindbergh foi um dos senadores pegos de surpresa com a rapidez do governo.
Não será a primeira vez que o governo tentará aprovar um pedido de urgência para o projeto da cessão onerosa. Em agosto, ainda com Romero Jucá (MDB/RO) como líder do governo no Senado, um pedido de urgência foi protocolado para o projeto, mas acabou não indo para frente depois que foi constato que não possuía o número suficientes de assinaturas.