Em meio a discussão pautada pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, sobre o fim do modelo de partilha da produção, o presidente da Shell no Brasil, André Araújo, defendeu que a oferta de áreas geologicamente atrativas e condições fiscais são os principais pilares para um marco regulatório atraente para petroleiras. Araújo conversou com exclusividade com a E&P Brasil e disse que o Brasil é hoje um país atrativo. (veja o vídeo)
“O modelo no fundo é uma consequência. Os modelos são diferentes, mas estamos acostumados a trabalhar com partilha e com concessão em diversos lugares do mundo”, disse o presidente da Shell.
No Brasil, depois dos leilões do pré-sal realizados em 27 de setembro, a Shell se tornou operadora de áreas no modelo de partilha da produção no pré-sal, até então restrito à Petrobras. A empresa já operava áreas no modelo de concessão desde a abertura do setor e o fim do monopólio do petróleo.
A Shell é hoje a segunda maior petroleira em termos de produção no país, ficando atrás apenas da Petrobras. De acordo com dados da ANP, a empresa – que é sócia de diversos projetos do pré-sal – produziu em setembro 319 mil barris por dia de petróleo e 11,9 milhões de m3 por dia de gás natural. A empresa opera dois FPSOs no Brasil e é parceira em outros 10 FPSOs, operados pela Petrobras.