A porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, afirmou nesta quinta-feira que o Brasil será um parceiro-chave nas negociações internacionais sobre clima. Mas não soube dizer se o país será convidado a participar da cúpula climática internacional anunciada ontem pelo presidente Joe Biden para ocorrer em abril.
A porta-voz afirmou apenas que e, assim como todas as grandes economias do mundo, o Brasil terá um papel a desempenhar na abordagem da crise climática.
Também nesta quinta, Biden sorriu ao ser questionado sobre quando telefonaria para o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro. Questionado por jornalistas brasileiros, ele não respondeu.
Com oito dias de mandato, Biden já publicou uma série de decretos sobre clima, muitos deles envolvendo o setor de energia. Ontem, o presidente proibiu novas explorações em áreas públicas, determinou que agências federais eliminem subsídios a combustíveis fósseis e definiu que a produção de energia eólica no país precisa dobrar até 2030. O governo norte-americano também declarou que cortará financiamento internacional a projetos com combustíveis fósseis.
Yesterday, President Biden took historic action to combat the climate crisis. Watch Deputy National Climate Advisor @alizaidi46 break things down: pic.twitter.com/q2pAtWbQrG
— The White House (@WhiteHouse) January 28, 2021
Bolsonaro desautoriza Mourão sobre saída de Ministro das Relações exteriores
O presidente Jair Bolsonaro rebateu diretamente a declaração de seu vice-presidente, Hamilton Mourão, que havia sugerido a saída do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, em provável reforma ministerial nos próximos meses. “Se alguém quiser escolher ministro, se candidate em 2022”, afirmou o presidente, lamentando que gente do próprio governo agora passe a dar palpites sobre a troca de ministros.
Bolsonaro ainda defendeu Araújo, afirmando que o chanceler é criticado pela mídia, mas é “o nosso homem que faz as relações públicas com o mundo todo”.
Araújo vem sendo criticado pela posição partidária do governo brasileiro na eleição dos Estados Unidos e o consequente distanciamento com o novo governo em Washington. Mas também pela condução de negociações para a compra de vacinas contra a Covid-19 com a China e Índia, países que o Brasil criticou e contra os quais se posicionou em fóruns internacionais recentes.
Nesta quinta, governadores do Nordeste solicitaram audiência para a próxima semana com o embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, para tentar comprar diretamente insumos para vacinas contra o coronavírus.
Mourão promete exonerar assessor que tratou de impeachment
Em resposta ao aumento da tensão com o presidente, Mourão disse que vai exonerar o chefe de sua assessorai parlamentar, flagrado em troca de conversas com um assessor parlamentar acerca da possibilidade do impeachment de Bolsonaro.
Em aceno contra greve, Governo vai reduzir multa a caminhoneiros
Em mais um movimento para agradar caminhoneiros e evitar a greve da categoria agendada para 1º de fevereiro, o governo federal promete divulgar uma nova norma para impedir a multa em balanças nas estradas por eixo de carga. O anúncio foi feito hoje pelo ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, em live com o presidente Jair Bolsonaro.
Na transmissão, o presidente cobrou do ministro que impeça a cobrança de pedágios por eixos levantados e pediu a redução de custos para renovação de carteira.
Cúpula do DEM decide manter apoio a Baleia Rossi
Reunida nesta quinta, a cúpula do DEM decidiu manter o apoio à candidatura de Baleia Rossi (MDB/SP) à presidência da Câmara. Os caciques do partido vão trabalhar para impedir a declaração pública de apoio de deputados à candidatura de Arthur Lira (PP/AL) e tentar reduzir o desgaste dentro da legenda.
As candidaturas governistas têm avançado na Câmara e também no Senado, onde a senadora Simone Tebet (MDB/MS) oficializou nesta quinta-feira sua candidatura independente depois de perder o apoio de seu partido na disputa. Em troca da retirada da candidatura oficial da legenda, o MDB passou a negociar com o DEM cargos na mesa diretora do Senado na eventual gestão de Rodrigo Pacheco (DEM/MG).