Fafens

Petrobras inicia análise de propostas para retomada das fábricas de fertilizantes da Bahia e Sergipe

Expectativa é que produção recomece em novembro

Petrobras informa a interrupção de seu contrato de tolling com a Unigel. Na imagem: Unidade de fertilizantes nitrogenados em Laranjeiras, Sergipe (Foto: Divulgação Unigel)
Unidade de fertilizantes nitrogenados em Laranjeiras, Sergipe (Foto: Divulgação Unigel)

RIO — A Petrobras iniciou a análise das propostas recebidas para os serviços de manutenção das fábricas de fertilizantes na Bahia e em Sergipe após concluir na sexta-feira (4/7) o recebimento das cotações. 

Segundo informações públicas do processo de licitação, foram recebidas pelo menos seis propostas. A oferta de menor valor foi apresentada pela Leap Technologies Manutenção. 

Confira a lista das cotações:

  • Leap Technologies Manutenção – R$ 830.073.992,00
  • Engeman Manutenção de Equipamentos – R$ 976.912.906,40
  • RTT Soluções Industriais – R$ 998.623.289,37
  • Perbras Empresa brasileira de perfurações – R$ 999.999.999,00
  • SNA Engenharia – R$ 999.999.999,00
  • Construtora Elos Engenharia – R$ 999.999.999,99

A licitação inclui serviços de operação e manutenção das unidades de produção de amônia, ureia e Arla-32 da fábrica da Bahia, incluindo os terminais marítimos de amônia e ureia no Porto de Aratu (BA). 

Também estão previstos serviços de operação e manutenção das unidades de produção amônia e ureia granulada da fábrica de Sergipe.

A expectativa é que a retomada das operações das Fafens ocorra em novembro, segundo a diretoria da estatal. 

Juntas, as unidades têm capacidade para produzir 1,6 milhões de toneladas de ureia por ano. A atividade faz parte da estratégia de retorno da Petrobras ao segmento de fertilizantes.

As fafens foram arrendadas à Unigel durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), quando a Petrobras havia decidido sair do segmento de fertilizantes.

A operação, no entanto, foi interrompida há cerca de dois anos, depois que a Unigel entrou em  recuperação extrajudicial, processo que foi encerrado em janeiro deste ano. 

Em 2024, as empresas chegaram a fechar um contrato de industrialização por encomenda (tollling), no qual a Petrobras forneceria gás natural à Unigel, responsável pela operação das plantas, e, em troca, receberia os fertilizantes produzidos para posterior comercialização.

Entretanto, o Tribunal de Contas da União (TCU) apontou falhas de governança e inconsistências nos cálculos do contrato, o que levou ao encerramento do acordo antes mesmo do início das operações.

Em maio, as companhias assinaram um acordo para encerrar litígios relacionados ao arrendamento das plantas.

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