O economista Roberto Castello Branco, indicado pelo presidente eleito, Jair Bolsonaro, para o comando da Petrobras a partir do ano que vem, disse que o foco da empresa deve ser a aceleração da exploração do pré-sal.
Castello Branco esteve reunido na manhã de hoje (20) com a equipe de transição do novo governo no Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB).
De acordo com ele, os planos para o futuro da empresa serão detalhados em breve, incluindo as privatizações. Ontem (19), Bolsonaro disse que a Petrobras é uma empresa estratégica e que deve continuar existindo, mas que pode ser privatizada em parte.
Em agosto, a Petrobras iniciou o licenciamento ambiental do bloco exploratório Alto de Cabo Frio Central, na Bacia de Campos, arrematado em parceria com a BP no 3o leilão do pré-sal, realizado pela ANP em outubro do ano passado. O consócio está licenciando seis poços, sendo um firme e cinco condicionados aos resultados do primeiro.
O Programa Exploratório Mínimo do projeto prevê a perfuração de um poço exploratório até o fim do primeiro semestre de 2019. O consórcio está propondo também um teste de formação contingente ao resultado do poço.
O primeiro poço do projeto será perfurado em lâmina d’água de 2.595 m a uma distância de 166 km da costa do Rio de Janeiro. O porto do Rio e o aeroporto de Cabo Frio serão utilizados como base de apoio logístico para o projeto.
A Petrobras não é a primeira operadora a correr para licenciar projetos de perfuração para áreas arrematadas no leilão do ano passado. A Shell está licenciando no Ibama a perfuração de cinco poços no pré-sal, sendo dois no bloco Sul de Gato do Mato, na Bacia de Santos, e outros três no bloco Alto de Cabo Frio Oeste, Bacia de Santos. A petroleira assinou na última semana os contratos de partilha da produção das áreas e iniciou os processos de licenciamento no dia seguinte. A empresa pretende iniciar as campanhas de perfuração em janeiro de 2019.
Neste mês, a ExxonMobil iniciou duas frentes de licenciamento ambiental para as áreas que arrematou na 14a e 15a rodadas e nos 3o, 4o e 5o leilões do pré-sal, realizados desde de setembro de 2017. São até 22 poços exploratórios a serem perfurados, sendo dois firmes, um no bloco C-M-789 e o outro no bloco Titã.
Está prevista a perfuração de até 17 poços exploratórios nos blocos CM-753, C-M-789, S-M-536, S-M-647 e Titã, nas bacias de Campos e Santos. Na área dos blocos C-M-037 e C-M-067, ambos na Bacia de Campos, está prevista a perfuração de até cinco poços exploratórios.
A empresa pretende utilizar como base de apoio marítimo as áreas da Nitshore, em Niterói, ou o Porto do Açu, em São João da Barra. Para apoio aéreo a ideia é utilizar o aeroporto de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro.