Política energética

PEC que libera privatização das estatais gaúchas de energia sem plebiscito pode ser votada amanhã

PEC que libera privatização das estatais gaúchas de energia sem plebiscito pode ser votada amanhã

O Plenário da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul pode votar amanhã, 23, o Projeto de Emenda à Constituição (PEC) que retira  a exigência de realização de plebiscito para privatizar as estatais gaúchas do setor energético: CEEE, Sulgás e CRM.

A proposta passou pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e por duas comissões de mérito: de Finanças, Planejamento, Fiscalização e Controle e de Segurança e Serviços Públicos. Em todas, os pareceres dos relatores foram aprovado em reuniões extraordinárias pelo mesmo placar: 9 votos favoráveis e 3 votos contrários.

[sc name=”newsform”]

Na semana passada, o plenário da Assembleia rejeitou o requerimento que solicitava que a matéria passasse também pela Comissão de Saúde e Meio Ambiente. A proposta, encaminhada pela deputada Juliana Brizola (PDT) e mais dez parlamentares, recebeu 34 votos contrários e 13 votos favoráveis.

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, já declarou que pretende aprovar até junho o projeto de recuperação fiscal do estado na Assembleia Legislativa. O plano inclui a privatização da CEEE, da Sulgás e da CRM.

A privatização das empresas de energia do Rio Grande do Sul é uma promessa de campanha de Eduardo Leite. As privatizações devem ser conduzidas no início do governo e não no final do mandato. CEEE, CRM e Sulgás devem ser privatizadas”, disse em entrevista GauchaZH, realizada em 12 de setembro.

A tarefa de aprovar a privatização na Assembleia Legislativa não é simples. O ex-governador Ivo Satori, que foi sucedido por Leite, também tentou privatizar as empresas por mais de um ano. Em maio do ano passado, o governador afirmou que as empresas são insustentáveis e não possuem capacidade própria para fazer investimentos.

As tentativas, no entanto, esbarraram na pouca disposição da Assembleia em acompanhar a proposta do executivo e em obstáculos de legislação. Sartori chegou a tentar até um plebiscito, que também não andou.

 

Inscreva-se em nossas newsletters

Fique bem-informado sobre energia todos os dias