O ministro da Economia, Paulo Guedes, se reúne na próxima terça-feira, durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos, com o presidente do Conselho da Lyondell Basell, Jacques Algrain. Em dezembro, a Bloomberg noticiou que a gigante americana pretende fazer uma oferta para participação da Petrobras na Braskem, parceria entre a estatal brasileira e o Grupo Odebrecht, depois que o governo Jair Bolsonaro tomasse posse.
A Odebrecht já iniciou em meados do ano passado negociações com a LyondellBasell para venda da sua participação na Braskem. Se for concluído, o negócio, para alguns analistas avaliado em R$ 9 bilhões, pode tornar a gigante americana a maior produtora de polipropileno e polietileno do mundo.
O Plano de Negócios da Petrobras, contudo, lançado em dezembro do ano passado fala em gestão ativa de portfólio de refino, logística, comercialização e petroquímica, integrado às atividades de produção de óleo e gás nacionais. O novo presidente da empresa, Roberto Castello Branco, tem frisado que o foco da petroleira será produzir petróleo em águas ultraprofundas e tem defendido a saída integral e parcial de alguns setores, como de refino e distribuição de combustíveis.
A agenda do ministro Paulo Guedes para o primeiro dia do Fórum Econômico Mundial também prevê encontro com o presidente e CEO da Iberdrola, José Ignácio Sánches Galán.
Comitiva embarca neste domingo
Com uma agenda voltada para a defesa da abertura econômica, do combate à corrupção e do compromisso com a democracia, o presidente Jair Bolsonaro embarca hoje (20) às 22h para Davos, na Suíça, onde participará do Fórum Econômico Mundial. Ele viajará acompanhado dos ministros da Economia, Paulo Guedes; das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro.
Em sua 39ª edição, o Fórum Econômico Mundial reúne a elite política e econômica global para discutir a conjuntura mundial e estimular a cooperação entre governos e o setor privado. Na estreia de Bolsonaro no exterior, o governo pretende vender a empresários e a políticos a imagem de que a economia brasileira está modernizando-se, com abertura comercial, segurança jurídica para os investidores externos e reformas estruturais.
O presidente pode discursar na terça-feira (22), num painel sobre a crise na Venezuela, e tem até 45 minutos reservados para falar na sessão plenária do fórum às 11h30 de quarta-feira (23), no horário local, 8h30 em Brasília. Bolsonaro também pode discursar no painel O Futuro do Brasil, marcado para logo após a sessão plenária.
Na noite de terça, o presidente terá um jantar privado com os presidentes da Colômbia, Iván Duque; do Equador, Lenín Moreno; do Peru, Martín Vizcarra; e da Costa Rica, Carlos Alvarado Quesada. Os cinco presidentes latino-americanos assistirão a uma apresentação do presidente executivo da Microsoft, Satya Nadella.
Para quarta-feira (24), está prevista a participação do presidente num almoço de trabalho sobre a globalização 4.0, que trata da quarta revolução industrial proporcionada pela tecnologia e é o tema do Fórum Econômico Mundial neste ano. Em seguida, a comitiva retorna para Zurique, de onde embarca de volta para Brasília, chegando à capital federal na manhã de quinta-feira (25).