O ministro da Economia, Paulo Guedes, se reuniu nesta quinta-feira com o CEO da Total, Patrick Pouyanné, no Fórum Econômico Mundial, que termina hoje em Davos, na Suíça. O encontro com o executivo fecha as discussões com empresas de energia tocadas pelo ministro em Davos.
A Total é parceria da Petrobras em diversos projetos no país. As empresas já realizaram transações que resultaram no pagamento de US$ 1,95 bilhão à Petrobras, além de uma linha de crédito no valor de US$ 400 milhões, que pode ser acionada pela Petrobras para realização de parte de seus investimentos nos campos da área de Iara, e pagamentos contingentes no valor de US$ 150 milhões.
A Total comprou 45% da participação da estatal brasileira no campo de Lapa, no pré-sal da Bacia de Santos. O projeto colocou a empresa francesa no seleto grupo de operadoras no pré-sal brasileiro. Lapa é o quinto maior campo produtor de petróleo do pré-sal e, de acordo com dados da ANP, produziu em novembro do ano passado (dados mais recentes da agência) 30,3 mil barris por dia de petróleo.
A empresa é apontada por especialistas e analistas de mercado como uma das potenciais compradoras das refinarias que a Petrobras está vendendo. Especialistas enxergam que a empresa poderia ter interesse de refinar sua produção de petróleo no país e colocá-lo no mercado nacional.
A aposta ganhou força depois que, em novembro do ano passado, o grupo francês fechou a compra da rede mineira de postos de combustíveis Zema, que pertence à família do futuro governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo). A transação, avaliada em cerca de R$ 500 milhões, marca a entrada da francesa em distribuição de combustíveis no país.
No último ano, Petrobras e Total fecharam um acordo de investimentos para a criação de uma joint venture que vai buscar projetos nos segmentos de energia solar e eólica onshore no Brasil. A meta é criar uma carteira de projetos de até 500MW de capacidade instalada ao longo de cinco anos.