A Comissão Especial de Licitações da ANP habilitou Chevron, Enauta, Equinor, ExxonMobil, Petrogal, Petronas, TotalEnergies e Ecopetrol para disputar a 2ª Rodada de Licitações dos Volumes Excedentes da Cessão Onerosa, que acontece em 17 de dezembro. A concorrência vai ofertar as áreas de Sépia e Atupu, no pré-sal da Bacia de Santos.
A Ecopetrol foi a única empresa habilitada como não operadora.
Ainda existem empresas com a habilitação em análise pela ANP.
Atapu e Sépia foram licitadas em 2019, mas não despertaram interesse da Petrobras e outras empresas inscritas no leilão daquele ano. Para concorrência de dezembro, a estatal já garantiu o direito de contratar, ao menos, 30% dos reservatórios.
O governo tomou algumas medidas para tentar garantir mais atratividade ao leilão. Reduziu, por exemplo, o valor do bônus de assinatura e também a parcela de óleo que a União vai reter da produção prevista para os campos.
O campo de Sépia terá bônus de assinatura de R$ 7,138 bilhões e alíquota de partilha de 15,02%. Já Atapu terá bônus de assinatura de R$ 4,002 bilhões e alíquota de partilha de 5,89%.
Em comparação com a primeira tentativa de licitar as reservas, em 2019, os valores de bônus caíram cerca de 70%. Sépia foi ofertada com bônus R$ 22,9 bilhões e percentual mínimo de excedente de 27,88%; Atapu teve bônus de R$ 13,7 bilhões e percentual mínimo de 26,23%.
Resultados econômicos não convincentes
Nesta quarta-feira (3/11), a Wood Mackenzie divulgou um relatório mostrando que, apesar das melhores condições de licitação, os resultados econômicos dos campos de Atapu e Sépia ainda não são convincentes.
“Em um cenário de preço Brent de $35 por barril, estimamos a taxa interna de retorno (TIR) de Atapu pouco acima de 10%, enquanto Sepia falha em fornecer retornos de dois dígitos. E isso pressupõe lances vencedores com a participação governamental mínima nos lucros”, comenta Luiz Hayum, do time de pesquisa da Wood Mackenzie para a América Latina.