Os ministros de Energia do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) se reúnem nesta quarta-feira (14/10), por viodeconferência, para discutir a coordenação de esforços internacionais para superar o impacto da pandemia da covid-19 no setor de energia, a promoção do diálogo energético entre os países do Brics e a ampliação da cooperação tecnológica.
O encontro será presidido pelo ministro de Energia da Rússia, Alexander Novak, país que atualmente está com a presidência dos Brics. O ministro brasileiro, Bento Albuquerque, participa do encontro, que faz parte da Semana da Energia dos Brics.
Uma declaração conjunta dos ministros de energia do Brics e um documento-quadro sobre o desenvolvimento da cooperação em energia para 2025 deverão ser divulgados após a reunião.
Nesta quinta, o governo russo sediará a primeira Reunião Anual da Plataforma de Pesquisa Energética do Brics, onde serão apresentados os primeiros relatórios analíticos dos países integrantes do grupo. Anton Inyutsyn, vice-ministro de Energia da Rússia, bem como especialistas e membros de organizações internacionais, devem fazer discursos na reunião.
No último ano, sob a presidência brasileira, os Brics se comprometeram a continuar buscando o uso eficiente de combustíveis fósseis e a aumentar a participação de energias renováveis em suas economias, incluindo biocombustíveis e energia hidrelétrica, solar e eólica. O compromisso foi sacramentado na Carta de Brasília, assinada pelos presidentes dos cinco países ao final da 11ª Cúpula do Brics.
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Retomada do consumo
No Brasil, dados do InfoMercado Quinzenal, boletim da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), indicam que o consumo de energia elétrica em setembro cresceu 2,9% em relação ao mesmo período de 2019. Os segmentos que apresentaram maior elevação foram saneamento (29,4%), comércio (21,3%) e bebidas (14,7%), porém, parte desse aumento está diretamente vinculado à migração dos consumidores para o mercado livre.
O boletim também indica aumento de 3,4% na geração de energia no país, na mesma base de comparação, com destaque para a elevação na produção das usinas hidrelétricas (16,8%), eólicas (11,1%) e fotovoltaicas (21,3%). Apenas as usinas térmicas apresentaram queda em sua geração (36,2%).
Analisando a geração termelétrica, a retração foi generalizada para todos os tipos de combustíveis. Os empreendimentos a gás (-56,9%), a carvão mineral (-72,1%) e bicombustíveis a gás e a óleo (-70,8%) foram os que apresentaram as maiores quedas.
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