Transição justa

Minas e Energia e Ministério das Mulheres assinam pacto para equidade de gênero no setor energético e mineral

Pacto Nacional por Mais Mulheres na Energia e na Mineração quer promover equidade de gênero em cargos de liderança

Minas e Energia e Ministério das Mulheres assinam pacto para equidade de gênero no setor energético e mineral (Foto: Ricardo Botelho/MME)
Governo assina Pacto Nacional Por Mais Mulheres na Energia e Mineração (Foto: Ricardo Botelho/MME)

BRASÍLIA — O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD) e a secretária Nacional de Autonomia Econômica do Ministério das Mulheres, Rosane Silva, assinaram nesta quarta (4/9) uma lista de compromissos para promover equidade de gênero em cargos de liderança e gestão e incentivos às ações para a formação e capacitação técnica e gerencial de mulheres no setor energético e mineral.

A assinatura do Pacto Nacional por Mais Mulheres na Energia e na Mineração ocorreu em Brasília, durante a formatura da turma de mulheres eletricistas da Neoenergia, que alcançou a marca de mil profissionais formadas no Brasil.

O evento também contou com a participação da primeira-dama, Janja Lula da Silva.

Dados da Agência Internacional de Energia Renovável (Irena, sigla em inglês) revelam que apenas 32% da força de trabalho nessas áreas é ocupada por mulheres. Entre as principais barreiras de entrada no segmento está justamente o acesso à formação.

“As mulheres são essenciais para desenvolver a economia do futuro e essas iniciativas aumentam as chances de elas conquistarem e sustentarem carreiras promissoras na nova economia, a economia verde. As jovens precisam ter oportunidades de empregos adequadas, as mulheres precisam trabalhar sem medo do assédio, a maternidade deve ser tratada como uma dádiva e não como fardo”, discursou Silveira.

Entre as ações previstas na colaboração entre os ministérios estão medidas que contribuam para a redução da pobreza e da desigualdade de gênero, como ampliação do acesso à energia e tecnologias limpas para cozinhar, além de combate a qualquer tipo de violência de trabalho – pautado na prevenção e enfrentamento das discriminações, assédios e desigualdades de gênero entre outras.

Também reforça as ações do programa “Asas para o Futuro” e o acordo de cooperação técnica liderado pelo Ministério das Mulheres, que devem ser lançados ainda este ano.

Mulheres eletricistas

Nesta quarta, a Neoenergia comemorou a marca de 1 mil mulheres formadas na sua Escola de Eletricistas.

Segundo a companhia, cerca de 70% das profissionais formadas já foram contratadas pelas distribuidoras do grupo. As 30% restantes foram absorvidas pelo mercado.

Só no Distrito Federal, por exemplo, das 178 mulheres que conquistaram o diploma, 138 foram contratadas pela empresa até o momento.

Os cursos da Escola de Eletricistas da Neoenergia são gratuitos e realizados em parceria com o Senai em todos os estados em que o grupo possui concessão de distribuição de energia elétrica.